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O zagueiro João Paulo participou de apenas oito das 37 partidas do Paraná no Brasileiro. Mesmo assim, o jogador parece ter fundamental importância na campanha que pode levar a equipe à primeira Libertadores – basta vencer o São Paulo, no domingo, com João Paulo em campo.

Prata da casa, o defensor de 22 anos já viveu de tudo na Vila Capanema. Em três anos como profissional, a revelação atuou nas fugas do rebaixamento do Estadual e do Nacional de 2004. Foi reserva durante quase todo o ano passado e, apesar de continuar na suplência nesta temporada, vai poder contar que esteve presente em três dos momentos mais inesquecíveis de 2006.

Foi assim na decisão do Paranaense, contra a Adap, em abril. Com a contusão de Neguette, João Paulo atuou no empate por 1 a 1 que encerrou nove anos sem títulos estaduais do Tricolor.

Também foi o protagonista da 10.ª rodada (última antes da Copa do Mundo) do Brasileirão. Desta vez, o zagueiro marcou um gol do meio de campo aos 40 do segundo tempo, na vitória por 2 a 1 sobre o Goiás (4/6).

"Todo mundo lembra daquele gol. Fui jantar esses dias e dei autógrafo para o pessoal por causa do gol", celebra.

O terceiro momento vai acontecer na partida de domingo, frente ao São Paulo. Graças à nova contusão no joelho direito de Neguette e a suspensão de Gustavo, mais uma vez João Paulo será o dono da camisa 3.

"Sempre nas horas que é preciso eu estou entrando. Mais uma vez em um momento importante estou tendo a chance de mostrar que posso estar vestindo a camisa tricolor", diz.

Entretanto, para o defensor, provar que pode jogar não representa dizer que uma vaga como titular absoluto está reservada para a próxima temporada. Nem mesmo as palavras do técnico Caio Júnior – de que "talvez o ano que vem seja o ano do João Paulo" – o convencem.

"Já disseram que eu seria titular no fim de 2005. Só que quatro zagueiros foram contratados (Émerson, Gustavo, Edmilson e Cuca) e eu só estou aqui porque segui trabalhando. É uma tônica na minha vida ter de ficar provando", conta.

A eterna luta de um prata da casa para não ser desvalorizado em relação a reforços que vem de fora não atormenta João Paulo. Para ele, isso é normal no Brasil.

"Não é só aqui no Paraná. Eu até subi rápido depois de sete meses na base. Tenho mais de 90 jogos em três anos como profissional. Para uma prata da casa é até um número grande", pondera.

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