Paraná e Atlético mudam equipes às vésperas do clássico de domingo

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A cada hora que passa, o clima para o clássico entre Paraná e Atlético Paranaense, que acontece neste domingo (4), às 16h, no Estádio Durival Britto e Silva, esquenta. No penúltimo treinamento dos dois times nesta sexta-feira (2) em Curitiba, as mudanças, os retornos e algumas declarações surpreendem e apimentam o confronto e a rivalidade entre as equipes.

Durante as 12 rodadas anteriores do Campeonato Paranaense, foi comum assistir aos jogos de times reservas do Tricolor e do Furacão. Se de um lado a Taça Libertadores é a prioridade, de outro é a Copa do Brasil – caminho mais "curto" para o torneio mais importante do continente – o destaque dentro do Rubro-Negro.

Mas para o clássico, Paraná e Atlético vão com suas forças máximas. Neste aspecto, os atleticanos levam uma ligeira vantagem, já que não têm problemas com jogadores lesionados ou suspensos. Desta forma, o técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, escala o que tem de melhor a sua disposição. A situação para o técnico Zetti, do Paraná, não é tão confortável.

Paraná

As contusões do lateral-direito André Luiz, do zagueiro Neguette, do meia Dinelson e do atacante Henrique preocuparam a comissão técnica durante toda a semana, já que, apesar das partidas contra Iguaçu e Roma no meio de semana, a grande prova de fogo seria contra o Atlético. Destes quatro contundidos, dois estão confirmados entre os titulares, um tem boas chances e outro deve ficar de fora.

Nesta sexta, durante um treinamento físico e leve com os jogadores na Vila, Zetti poupou o ala André Luiz, mas ele confirmou que vai para o jogo. Outro garantido pelo treinador é Neguette, que retorna ao time depois de 18 dias afastado por contusão. O meia Dinelson segue em tratamento e será reavaliado no último treinamento, na manhã deste sábado, na Vila Capanema.

Segundo o departamento médico paranista, as chances dele jogar ou não são de 50%. Entretanto, durante a apresentação dos novos uniformes, o jogador mostrou-se animado, dando a entender que até domingo estará pronto. Já Henrique tem chances remotas, e a tendência é que ele fique de fora e seja poupado, já visando o jogo contra o Flamengo, dia 14 de março, pela Libertadores.

Para Zetti, o jogo será muito difícil, sem favorito. "Em clássico não existe favorito. Em clássico existe condição física, condição técnica dos jogadores pra mudar o resultado do jogo. Nesse tipo de jogo, você tem uma ou duas peças que podem modificar o placar em uma jogada individual", afirmou o treinador tricolor.

Atlético

Durante toda a semana, o técnico Vadão treinou o Furacão com a mesma formação dos últimos jogos, quando a equipe goleou o Engenheiro Beltrão pelo Estadual e o Coxim-MS pela Copa do Brasil. Porém, no treinamento desta sexta-feira, o treinador rubro-negro confirmou uma mudança inesperada: a saída de Marcelo Silva da equipe para entrada de Erandir.

O motivo para a troca é contratual, já que o compromisso do volante com o Furacão expira em breve e o clube não pretende renovar. Desta forma, Erandir entra, para pegar ritmo e entrosamento com os demais jogadores do time titular. Vadão acredita que a mudança não altera em nada o Atlético. "Ele foi titular comigo ano passado e a entrada dele não afetará quase nada na equipe", comentou.

Em sua coletiva após o treino no CT do Caju, Vadão colocou lenha na fogueira ao dizer que o Furacão é favorito no clássico por "conveniência". "A equipe deles está falando que está cansada e estão fazendo o Paraná de vítima antes de começar o jogo, então automaticamente não tem como negar o favoritismo. As pessoas estão fazendo com que o Atlético vire favorito. Mas estamos acostumados com isso, porque o Atlético é grande", alfinetou o técnico.