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Ainda bem que foi no interior do Paraná e não no Chile. No jogo em que o Tricolor utilizou como um "test drive" para a estréia na Libertadores (dia 1.º, contra o Cobreloa, em Calama), tomou 3 a 0 do Engenheiro Beltrão, escapou por detalhe de uma goleada – mas não do vexame.

Se fosse no torneio continental, na partida de volta os paranistas precisariam no mínimo vencer pelo mesmo placar para levar a decisão da vaga para os pênaltis. Como é no Paranaense, em termos de classificação, o resultado do "simulado" não significa muita coisa, já que o time da Vila Capanema era o líder e, para segunda fase, se classificarão os oito primeiros do campeonato.

Só que a atuação da equipe acendeu o sinal de alerta. A equipe não mostrou objetividade, preferiu tocar a bola de lado a buscar o gol, e quando chegou na frente voltou a errar as finalizações. Também ficou claro que a condição física do time ainda está longe do ideal.

Com um calor forte, que deve ter ficado bem próximo da temperatura a ser enfrentada no deserto de Atacama, mas sem a altitude de Calama, após metade do segundo tempo o Paraná já demonstrava um visível cansaço.

A cena de Aderaldo agachado para recuperar o fôlego no fim do partida poderia ser o exemplo da situação se os três golaços do Engenheiro Beltrão – time formado basicamente com juniores – não tivessem também a ver com esse despreparo físico.

Os gols ocorreram a partir da metade da segunda etapa. O primeiro, aos 20 minutos, quando Joélson perdeu a bola, não acompanhou a jogada, Safira driblou a zaga, tentou chutar, e a bola sobrou para Moha bater de primeira.

O segundo, aos 25, o mesmo Safira (o melhor em campo) era marcado a distância por Aderaldo, e dentro da área dominou no peito, virou sem nenhum problema, e marcou mais um belo gol. Já aos 35, no contra-ataque, Marcelinho tocou de calcanhar e Emanuel acertou um chute no ângulo.

O resultado obriga o técnico Zetti a utilizar novamente a equipe titular no sábado, contra o Londrina. E também a repensar como fará para continuar atacando sem desproteger a defesa.

Ontem, na primeira etapa, o Tricolor atuou com três zagueiros, não foi pressionado, mas também não teve grandes oportunidades. Com a saída de Neguette para a entrada de Vinícius Pacheco no intervalo, a equipe chegou a ter momentos de inspiração nos 15 primeiros minutos da etapa final, tendo várias chances de gol. Contudo, deixou a defesa fragilizada e levou três. Poderia ter sido cinco.

Em Eng. Beltrão

Eng. Beltrão 3Rodrigão; Moha, Tobi, Douglas e Neguete; Gustavo, Emanuel, Eurico (Rafael Bezerra) e Safira (Aloísio); Beré (Macula) e Marcelinho.Técnico: Celinho.

Paraná 0Marcos; D. Marques, Neguette (Vinícius Pacheco) e Aderaldo; Alex (Lima), Gérson, Beto, Goiano, Dinélson (Joelson) e Egídio; Henrique.Técnico: Zetti.

Estádio: João Cavalcante de Menezes. Árbitro: Antônio Denival de Morais. Auxs.: Wesley Gomes Silva e José Ricardo Correia. Gols: Moha, aos 20’, Safira, aos 25’, e Emanuel aos 35’ do segundo tempo. Amarelos: Aderaldo e Daniel Marques (P); Moha (E). Vermelho: Neguete (E).

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