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O zagueiro Paulo André inverteu no Atlético o ditado do futebol que afirma ser "o ataque a melhor defesa". Graças aos seis gols marcados neste início de temporada, Paulo André instituiu, pelo menos no Furacão, que a defesa é que é o melhor ataque. O jogador é o artilheiro do time, com um gol a mais que Dênis Marques, o segundo na tábua de goleadores, e o dobro que Dagoberto, o xodó da torcida atleticana.

Contra o Iraty, no sábado de carnaval, Paulo André abriu o placar de cabeça, na partida que acabaria empatada em 2 a 2. Mas se engana quem pensa que o jogo aéreo é sua especialidade. Ele sabe utilizar muito bem seus 1,88 m de altura, mas se a bola sobrar rasteira, também mostra faro de matador.

"Nós treinamos muito as jogadas de bola parada, principalmente faltas laterais. Mas estou preparado para tudo", declarou Paulo André, que gosta de atuar como centroavante nos rachões antes dos jogos.

Foi o que aconteceu no belo gol que anotou contra o Cianorte, na sétima rodada, batendo de primeira forte no alto e decretando a virada por 4 a 3 aos 42 minutos do segundo tempo.

"Foi um gol muito bonito, além de ter ajudado na conquista dos três pontos. Gostei também do gol contra o Moto Club, tocando de esquerda tirando do goleiro", disse.

Um aspecto que deixa ainda mais interessante a artilharia de Paulo André é que ele marcou pela primeira vez somente após seis compromissos do Furacão em 2006. A partir daí, balançou as redes em cinco das últimas sete partidas do Atlético, sendo cinco pelo Campeonato Paranaense e uma pela Copa do Brasil.

Para se ter uma idéia da surpresa do zagueiro pelo feito, ano passado ele fez apenas dois gols, o primeiro em seu segundo jogo com a camisa Rubro-Negra, na goleada de 7 a 2 sobre o Vasco, dia 27 de julho pelo Brasileiro.

"Quero aproveitar esse momento legal, pois sei que é difícil isso acontecer para um zagueiro". O Rubro-Negro tem a melhor performance ofensiva do Estadual, com 32 gols. Destes, 16 marcados por jogadores de defesa.

Entretanto, a maior preocupação de Paulo André, logicamente, é não deixar que o time sofra gols. Foram 18 até agora no Paranaense, em 12 jogos. Os dois tomados contra o Iraty, responsáveis por quebrar a série de cinco vitórias de Lothar Matthäus, deixaram o técnico alemão chateado com o setor defensivo do Furacão.

"Ele reclamou conosco no vestiário. E deve conversar mais".

Para o zagueiro, apesar dos dois gols contra o Azulão terem sido de "bola rolando", o problema são as jogadas de faltas e escanteios. "Temos de tomar mais cuidado com isso".

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