Pintado admite erro e resgata o time-base

• 0

Foi uma derrota inesperada e amarga para o até então lanterna do Brasileiro. Mas o jogo de sexta-feira contra o América de Natal, na Vila Capanema, serviu pelo menos para o técnico paranista Pintado tirar uma conclusão: não vale a pena mexer demais na estrutura da equipe.

"Mudamos e tivemos problemas. A atuação nos deu a certeza de continuar com aquela equipe-base que montamos. Nela os jogadores ficam à vontade e com mais confiança de acertar", admitiu o treinador, de cabeça mais fria no retorno aos trabalhos ontem.

Ele ousou bastante contra os potiguares: jogou com apenas um volante, poupou os meias-atacantes Vandinho e Vinícius Pacheco no primeiro tempo, escalou um quarteto ofensivo com Renan, Éverton e Lima ao lado do artilheiro Josiel, trocou os laterais por meias durante a partida. Mas a série de mudanças não surtiu o resultado esperado.

"Se eu não arrisco contra o último colocado, não era contra um dos primeiros que iria fazer isso. Seria muita responsabilidade para os jogadores que entraram", justificou Pintado, que esperava um desempenho mais solto de Renan, Éverton e Lima.

Pelo discurso de voltar a priorizar a base, os três devem retornar ao banco de reservas para a partida de quinta-feira com o Figueirense, novamente no Durival Britto. Pintado fez questão de dizer que eles ainda serão muito úteis na campanha tricolor, porém admitiu que no momento podem ser melhor aproveitados entrando no decorrer dos jogos.

O time mais utilizado pelo técnico até o momento teve o goleiro Flávio; os zagueiros Daniel Marques, Neguette e Luís Henrique, os alas Parral e Márcio Careca; os volantes Adriano e Beto, os meias-atacantes Vandinho e Vinícius Pacheco e o centroavante Josiel.

Entre eles, Adriano continua vetado por causa de uma lesão muscular – Xaves é a primeira opção – e Parral disputa posição com Alex e Léo Matos. Pintado não descarta fazer uma ou outra troca para surpreender o Figueirense, mas o certo é que por enquanto mudanças radicais não terão vez.

Sobre os protestos e xingamentos da torcida após a derrota para o América, o treinador reconheceu que faria a mesma coisa se estivesse do outro lado. "Sem dúvida nenhuma. O torcedor que vem a campo tem todo o direito de cobrar, ficar chateado, me xingar até", afirmou, se colocando no lugar dos paranistas da arquibancada: "Na verdade posso vir aqui e falar um monte, mas sabemos que para o torcedor não tem explicação perder em casa para o último colocado."