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Maringá – Está em construção em Maringá, no Noroeste do Paraná, um dos velódromos mais modernos do país. O projeto faz parte do Centro de Excelência feito na Vila Olímpica, ao lado do estádio Willie Davids, uma parceria entre a prefeitura, o Ministério de Esportes e Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

A construção da pista para ciclismo contou com dados de especialistas suíços, além da participação do técnico da seleção brasileira de pista, Adir Romeu. "Tomamos todos os cuidados para não termos problemas no futuro", explica o secretário municipal de Esportes, Roberto Nagahama. "Pegamos o melhor de cada pista e ainda melhoramos para a nossa."

Ele explica que há espaços no Brasil que apresentam rachaduras pela fundação inadequada e inclinações erradas, o que coloca em risco a integridade dos atletas causando quedas.

O complexo do velódromo terá uma área de 6,7 mil m·, com a pista maringaense tendo 250 metros de extensão, inclinação mínima de 11° e máxima de 41°, dez boxes individuais, um depósito coletivo, oficina, secretaria, vestiários e arquibancadas para cerca de 600 pessoas.

A área está na fase de aterramento, com a data prevista para inauguração por volta de abril de 2007. Os técnicos de manutenção serão mantidos pelo COB e ministério, que também cederá dez bicicletas para os treinos na pista.

O velódromo é uma das três frentes de trabalho da Vila Olímpica (que deve ser inaugurada em 2008), além do alojamento para 103 atletas de ponta que ficarão na cidade para treinamento e das piscinas. O custo é de aproximadamente R$ 5,9 milhões com o velódromo completo e parcialmente do alojamento e piscinas que serão concluídos na segunda etapa.

O centro funcionará com cinco modalidades: ciclismo, atletismo, natação, judô e tae kwon do. Num segundo momento, entrarão tênis de mesa, tênis, tiro, vôlei de praia e badminton. Os esportes foram escolhidos pelo ministério, baseado em relatórios dos resultados obtidos pelos atletas locais. A intenção é manter os esportistas em suas bases e ampliar as condições para que o Brasil seja uma força também nas modalidades individuais.

O país contará com um total de cinco Centros de Excelência. Além do maringaense, o projeto que visa a investir nas modalidades individuais é aplicado em Brasília, Salvador, Manaus e Campinas.

O coordenador do Clube Maringaense de Ciclismo, Carlos Alberto Martinelli, 34 anos, aguarda com expectativa a pista.

O clube existe desde 1996 quando um grupo de quatro amigos decidiu se organizar para regulamentar uma associação para facilitar a conquista de patrocínio. Hoje, são aproximadamente 30 ciclistas que representam Maringá nos Jogos Abertos e Jogos da Juventude. Na última edição dos Jogos Abertos, realizada em Maringá em setembro, o Clube Maringaense conquistou o título na categoria Masculina e o vice na Feminina.

A Secretaria de Esportes oferece transporte para competições e repassa R$ 4,4 mil bimestralmente para bancar os custos de manutenção do clube que já conquistou títulos brasileiros na categoria Mountain Bike em 2003 e 2004.

Os atletas treinam diariamente e os da categoria principal chegam a percorrer 80 quilômetros nas ruas maringaenses e rodovias regionais. Para Martinelli, a inauguração de um velódromo em Maringá vai ajudar a ampliar as possibilidades para os atletas, já que esta modalidade não possibilita treinamento nas ruas. "É uma modalidade complicada, perigosa. A bicicleta não tem marcha e freio. Não se pode parar de pedalar senão pode cair", explica o ciclista.

O velódromo poderá ser usado por outros ciclistas desde que estejam vinculados ao clube. Outros velódromos no país estão em São Paulo, Americana (SP), Caieiras (SP), Betim (MG), Curitiba e um novo também está sendo construído em Brasília (DF).

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