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Michel Platini está com a candidatura ameaçada | Eric Gaillard/Reuters
Michel Platini está com a candidatura ameaçada| Foto: Eric Gaillard/Reuters

O comitê de ética da Fifa pretende investigar o presidente da Uefa, Michel Platini, e pode suspendê-lo temporariamente das atividades do futebol, segundo revelou o jornal britânico “The Guardian” neste sábado (26).

Caso isso ocorra, a candidatura do francês à presidência da entidade nas eleições de fevereiro, considerada favorita até agora, ficaria ameaçada. Suspenso das atividades do futebol, Platini não poderia concorrer.

Segundo o Ministério Público da Suíça, ele recebeu 2 milhões de francos suíços (R$ 8,3 milhões) da Fifa em 2011 por serviços prestados entre 1999 e 2002. O repasse foi autorizado pelo presidente da entidade, Joseph Blatter. A procuradoria diz que esse pagamento teria sido “desleal”, prejudicando os cofres da Fifa.

O episódio faz parte da investigação criminal anunciada nesta sexta-feira (24) pelas autoridades suíças contra Blatter. Além da transação com Platini, a ação também apura um contrato que Blatter assinou em 2005 com o ex-presidente da Concacaf Jack Warner, relacionado a direitos de imagem.

Em nota divulgada na sexta, Platini diz que o dinheiro foi recebido de maneira regular, referente, segundo ele, a um contrato que tinha com a Fifa.

O francês, no entanto, não diz que tipo de serviço foi prestado, nem os motivos pelo qual só recebeu em 2011 por um trabalho feito muitos anos antes. O francês deve argumentar ao comitê de ética da Fifa que foi ouvido como colaborador pelos procuradores suíços, não sendo, por ora, alvo de investigação.

O prazo para registros de candidatura à presidência da Fifa termina no dia 26 de outubro, quatro meses antes do pleito. Os outros três candidatos que manifestaram intenção de disputa, o príncipe da Jordânia, Ali bin Al-Hussein, o brasileiro Zico e o sul-coreano Chung Mong-joon, não têm hoje a força do ex-jogador francês entre as 209 federações filiadas à Fifa que escolhem o presidente.

Além do suporte da Uefa que preside, Platini conta, pelo menos até agora, com apoio das fragilizadas Conmebol e Concacaf, que tiveram dirigentes presos na Suíça em maio, entre eles o brasileiro José Maria Marin.

Peça-chave no tabuleiro, a Confederação Asiática de Futebol, que reúne 46 federações, teria sido decisiva para Platini anunciar de vez a candidatura em agosto.

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