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Armas e munição são exibidas sobre camisa da torcida Império | Divulgação / Sesp
Armas e munição são exibidas sobre camisa da torcida Império| Foto: Divulgação / Sesp
  • Grupo de torcedores com roupas da organizadas mostram armas de grosso calibre
  • Polícia também irá identificar e procurar homens que aparecem nas fotos exibindo as armas
  • Alan Riberiro, preso no sábado, exibindo pistola e fazendo gesto característico da Império

Mais um dos torcedores envolvidos no quebra-quebra promovidos por torcedores do Coritiba, foi preso na noite desta terça-feira (15). O anúncio foi feito nesta quarta pela Secretaria da Segurança Pública do Paraná. Ivan Roberson Wolanski de Castro, de 20 anos, aparece nas imagens segurando e jogando uma grade contra policiais que tentavam evitar a invasão do gramado.

A prisão aconteceu no bairro Tarumã, na noite de terça, após a Justiça expedir um mandado de prisão contra o torcedor. No confronto, Castro foi ferido no pescoço e na clavícula, por tiros de bala de borracha. Após ser internado, ele recebeu alta no último dia 9. Castro irá responder por crimes como formação de quadrilha.

Fotos surpreendem polícia

Durante a varredura que fez em todo o material apreendido na sede da torcida Império Alviverde, alguns fotos surpreenderam os investigadores. No computador de Alan Ribeiro, de 27 anos, preso no último sábado, foram encontradas várias fotos em que ele se exibe com uma pistola. Outras imagens mostram várias pessoas exibindo armas de fogo como revólveres e outras armas de maior poder de fogo.

As outras pessoas que aparecem nas imagens serão identificadas e investigadas pela polícia. "As fotos encontradas reforçam a hipótese que alguns dos envolvidos na confusão fazem parte de uma quadrilha, que costuma se reunir com objetivos criminosos", explicou a delegada Vanessa Alice, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), em matéria publicada na Agência Estadual de Notícias.

As imagens fazem parte do inquérito que foi finalizado e encaminhado para a Justiça nesta quarta-feira (16). Mesmo com a finalização do inquérito, as investigações continuam para identificar e prender outros envolvidos no tumulto. Ao todo já foram identificadas e presas preventivamente 18 pessoas envolvidas na confusão. O prazo expira nesta quarta e a polícia pediu a prorrogação das prisões de seis dos detidos, baseada na gravidade da violência empregada no dia do jogo. As pessoas que comprovadamente faziam parte da organização criminosa e as acusadas de formação de quadrilha, tentativa de homicídio e porte de arma permanecerão presas.

No último sábado a polícia interditou a sede da torcida organizada Império e apreendeu cerca de meio quilo de maconha, uniformes, fichas cadastrais de torcedores, computadores e materiais que incitam a violência. Além disso quatro armas (uma espingarda calibre 36, um revolver calibre 32, um revolver calibre 38 e uma espingarda de pressão) foram encontradas na residência de dois suspeitos.

Fim das organizadas?

Para 55% dos participantes de uma enquete promovida pela Gazeta do Povo durante a transmissão em tempo real do julgamento do Coritiba (veja como foi), nesta terça-feira, as organizadas deveriam ser extintas. Outros 45% acreditam que essa não seria a opção ideal.

Na opinião do secretário da Sesp, Luiz Fernando Delazari, todo esse material representa provas de que as torcidas precisam ser extintas. "Elas são estruturas apodrecidas que se dedicam à prática de crimes, e, portanto, precisam ser imediatamente extintas para que possam ser revistas juridicamente e, aí sim, criadas de uma maneira que privilegie o torcedor e acabe com o bandido que usa o futebol para praticar seus crimes", afirmou.

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