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Eleição do Jockey será definida na Justiça. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Eleição do Jockey será definida na Justiça.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A eleição para presidente do Jockey Club do Paraná, no último sábado (14), foi interrompida por suspeita de fraude. Três dias depois do episódio, não há previsão de resolução e tudo indica que a questão irá para a Justiça.

De acordo com a chapa de oposição, intitulada ‘Reconstruir’, a confusão começou após uma mulher se apresentar para votar com um título falso. “Não sabemos quem são os sócios verdadeiros. Tem gente que apareceu para votar, com títulos fraudados, com data retroativa só para poder participar”, acusa o candidato à presidência Paulo Pelanda. De acordo com o estatuto da entidade, é necessário pelo menos um ano de associação para participar do pleito.

O estopim do tumulto começou quando Silvana Ferreira do Vale, no papel sócia desde 12 de fevereiro de 2014, tentou votar portando um documento suspeito. O documento foi entregue à polícia, na Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas, que está analisando a prova.

“Há indícios de que essa pessoa ganhou o título de maneira fraudulenta”, confirma o delegado Wallace de Oliveira Brito.

A oposição ainda acusa a chapa ‘Turfe Grande’, que representa a situação, de ‘doar’ novas associações em troca de voto. “Nada disso é verdade”, rebate o assessor de imprensa do Jockey Club, Roberto Carlos Micka. “Todos os títulos são reais, emitidos pelo clube, legítimos. São vendidos a R$ 70 como o que o filho do Paulo Pelanda ou o candidato a vice da oposição compraram”, completa o assessor, também envolvido na situação do último sábado.

Diversas testemunhas afirmam que Micka tentou roubar uma das urnas quando a eleição foi paralisada. Ele se defende dizendo que era sua responsabilidade, por ser funcionário do clube, recolher as urnas. “Iria guardá-las no cofre”, diz.

Após ser impedido por uma mesária, um segurança conseguiu pegar o objeto. Na sequência, o mesmo segurança foi detido pela PM após empurrar o candidato de oposição. “Queremos uma nova eleição, com o quadro de sócios correto. Mas para isso acho que só com intervenção judicial”, prevê Pelanda.

Atualização

A atual diretoria pronunciou-se em nota oficial na manhã desta terça-feira (17). Além de acusar a oposição de ser responsável pela confusão, a nota ainda admite que as eleições foram canceladas e que “está providenciando a adoção de medidas administrativas e judiciais cabíveis a fim de assegurar que nova data da eleição seja definida”. O mandato do atual presidente, Cresus Augusto Camargo, termina em 30 de março.

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