• Carregando...
Marcelinho Paraíba deve travar com Guiñazu um duelo que provavelmente ditará o ritmo do jogo no Alto da Glória | Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo
Marcelinho Paraíba deve travar com Guiñazu um duelo que provavelmente ditará o ritmo do jogo no Alto da Glória| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

Atrás de 2 gols, Coritiba sabe da importância de não ser vazado

Precisando atacar para reverter a vantagem do Inter, em alguns momentos o Coritiba deixará a defesa exposta. Uma preocupação a mais, especialmente para um time que sofreu 16 gols nos últimos 7 jogos – quatro pelo Brasileiro e três pela Copa do Brasil. Uma média de 2,26 por partida.

No duelo decisivo de hoje, o técnico René Simões e os jogadores sabem que tão importante quanto fazer gols é não sofrê-los. Uma vitória por 2 a 0 basta para a classificação. Se o Alviverde levar um ou mais, terá de vencer por três de diferença – caso devolva o 3 a 1 do jogo de ida, disputa a vaga nos pênaltis.

Leia a matéria completa

Tite confirma o Inter sem fazer mistério

Sem Nilmar e Kléber, na seleção, o técnico Tite não fez mistério. Com Alecsandro no ataque, Marcelo Cordeiro pela lateral-esquerda e Guiñazu de volta ao meio de campo, após cumprir suspensão, o Internacional enfrenta o Coritiba confiante na classificação à final. "A equipe já tem um padrão e variações definidas para alguns momentos", afirmou o técnico, que diz não temer qualquer clima hostil no Couto Pereira. "Tudo o que se fala de extracampo, que fique em extracampo. Não estamos preocupados com isso", comentou.

Coritiba 100 anos

Faltam 131 dias - 3 de junho

... Em 1899, nasce Carlos Leopoldo Glaser. Filho de austríacos, Carlos Glaser foi zagueiro direito do Coritiba por seis anos, de 1915 a 1920.

... Em 1943, no Estádio Joaquim Américo, o Coritiba vence a equipe paulista do Santos por 4 a 2, com três gols do centroavante Neno (Florisval Lançoni) e um gol do ponteiro-esquerdo Altevir (Altevir João Stella).

... Em 1984, na abertura do Campeonato Paranaense, o Coritiba vence a equipe do Colorado, na época denominada Sele-Boca, por 4 a 2. Um dos gols de Lela (Reinaldo Felisbino) foi muito bonito, consignado após dar um lençol no goleiro Marola.

Se você tem objetos, vídeo, áudio e fotos relativos ao passado do Coritiba, ligue para 41 9957-8672. Os Helênicos se responsabilizam por buscar, fotografar e devolver o material com a maior brevidade possível.

A classificação do Coritiba à final da Copa do Brasil passará, necessariamente, pelos pés de Marcelinho Paraíba. Seja pelos números, a atitude dentro de campo ou os discursos na véspera do jogo de volta da semifinal, contra o Internacional, às 21h50, no Couto Pereira, é no capitão alviverde que está depositada toda a confiança do torcedor para que o Coxa consiga chegar à inédita final do torneio. Para isso, precisa vencer por 2 a 0 ou diferença de três gols.

"Não é à toa, pois ele faz toda a diferença", afirma René Simões, que justifica: "O Marcelinho jogaria em qualquer equipe brasileira. Faz a diferença como Taison no Inter, o Ronaldo no Corinthians e o Adriano no Flamengo."

A declaração do técnico é fácil de confirmar. Se as estatísticas ganhassem jogo, o Coritiba ao menos já começaria o confronto de hoje vencendo por 1 a 0. Nas últimas nove partidas em que o camisa 9 do Alviverde esteve em campo, fez nove gols, uma média de um por partida.

No total, 18 jogos e 13 tentos. Mas a dependência que o Coritiba tem do jogador é ainda melhor retratada no desempenho no Brasileirão. Enquanto no campeonato de pontos corridos o Coxa é lanterna, o jogador é o goleador.

"Estou num grande momento, fazendo gols, e muito confiante", afirma o atleta que parece não se incomodar com a pressão. "Não mexe comigo, não. Estou tranquilo. Assumo a responsabilidade. Claro que não jogo sozinho, somos 11, mas no que depender de mim não vai faltar vontade."

Mas se isso não é novidade para ninguém, tampouco para Tite e o Internacional. Por isso, o jogador já espera um duelo com o incansável Guiñazu. O confronto entre os dois atletas foi adiado pela suspensão de ambos da partida de ida, na capital gaúcha. De hoje não passa. Não é exagero dizer que a sobreposição individual desse enfrentamento poderá se transformar em coletiva. Marcelinho Paraíba sabe disso.

Simples fora de campo, de fala mansa e às vezes até acanhado, dentro das quatro linhas o jogador tem tanto os pés como a língua bem afiadas.

"É um grande jogador, está em grande fase, marca bem. Mas ele vai ter de se preocupar com o Marcelinho também", afirma o jogador, sem citar o nome do argentino Guiñazu, porém fazendo questão de esclarecer que a superioridade do Colorado ficou em Porto Alegre.

"Estamos com um astral muito bom. Independentemente de qualquer coisa, viemos com moral da primeira partida, pois, apesar da derrota, deu para ver que dará para reverter esse resultado", comenta, confiante.

Grande parte da estratégia de René e do Coxa para que isso aconteça estará no posicionamento do jogador. Um dos grandes problemas encontrados pelo Alviverde nos últimos jogos é não conseguir manter o placar quando o time sai na frente. Daí, o Coxa recua e a bola não fica no ataque: bate e volta, sobrecarregando a defesa.

"É só ver o exemplo do jogo contra o Inter, não há defesa que aguente quando isso acontece. Já com o Marcelinho a coisa é diferente", admite René.

Ao vivo

Coritiba x Internacional, às 21h50, na RPC TV, ESPN, SporTV 2 e no tempo real aqui na Gazeta do Povo Online.

* * * * * *

Em Curitiba

Coritiba

Vanderlei; Cleiton, Pereira (Vicente) e Felipe; Márcio Gabriel, Rodrigo Mancha, Leandro Donizete, Marcelinho Paraíba e Carlinhos Paraíba; Marcos Aurélio e Ariel (Pedro Ken).

Técnico: René Simões

Internacional

Lauro; Bolívar, Índio, Álvaro e Marcelo Cordeiro; Sandro, Magrão, Guiñazu e D’Alessandro; Taison e Alecsandro

Técnico: Tite

Estádio: Couto Pereira. Horário: 21h50. Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (Fifa/MG). Auxs.: Ednílson Corona (SP) e Hilton Moutinho Rodrigues (Fifa/RJ)

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]