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Jogadores do Paraná durante treino na Vila Capanema: excesso de contratações foi um dos pesos na contabilidade do clube em 2010 | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Jogadores do Paraná durante treino na Vila Capanema: excesso de contratações foi um dos pesos na contabilidade do clube em 2010| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

No Ceará, Murilo segue vinculado a Aquilino

Mesmo longe do Paraná, o lateral-direito Murilo, atualmente no Ceará, continua com parte dos direitos econômicos vinculados ao presidente paranista licenciado, Aquilino Romani.

"O presidente investiu na permanência do Murilo em 2008, quando discutimos a renovação dele com a equipe. O Paraná não dispunha e ele entrou com o valor necessário. Depois que o jogador saiu, não quis deixar o Aquilino sem nenhuma parte", explica empresário do jogador, Gianfranco Petruzziello.

O atleta deixou o Tricolor no início do ano. A transferência, contudo, não rendeu dinheiro ao clube. "O contrato dele vencia em abril deste ano e fizemos um acordo para liberá-lo antes. Ninguém ganhou nada", conta Petruzziello.

Na quarta-feira, ao anunciar seu afastamento, Romani havia afirmado que o investimento em Murilo era "dinheiro perdido". No entanto, em uma eventual venda do jogador, o mandatário terá direito a uma parcela que poderá cobrir o dinheiro aplicado anteriormente (cifras não reveladas).

O lateral está na reserva do clube cearense, integrante da Série A nacional e classificado para as quartas de final da Copa do Brasil. Além de Murilo, Romani também possui participação nos direitos do volante Luiz Camargo, atual capitão do time paranista.

Adriano Ribeiro

O déficit nas contas do Paraná aumentou em aproximadamente R$ 1,5 milhão no ano passado, contrariando a declaração do presidente licenciado Aquilino Romani, que na última quarta-feira, ao anunciar seu afastamento da direção do clube, disse que as dívidas haviam diminuído.

De acordo com o balanço financeiro divulgado no site oficial do Paraná na noite de quinta-feira, o déficit total da administração tricolor em 2010 foi de aproximadamente R$ 7 milhões, contra os cerca de R$ 5,5 milhões do ano-base de 2009 – aumento de 27,2% nas contas paranistas de um ano para outro.

O departamento de futebol sozinho representa 87,1% da dívida paranista. No total, a administração tricolor teve prejuízo de R$ 6,1 milhões com o departamento de futebol ano passado. Em 2009, o prejuízo com o setor foi de cerca de R$ 4,5 milhões – aumento próximo de 35,5% na dívida.

Já o déficit da área social apresentou queda de apenas R$ 300 mil, indo de R$ 5,3 milhões para R$ 5 milhões – redução de somente 5,6% na dívida, aproximadamente.

Segundo a planilha, o principal rombo nas contas paranistas em 2010 foi com indenizações. O valor pago pelo Paraná neste quesito ano passado foi 3,7 vezes maior do que em 2009: R$ 2,9 milhões contra R$ 768 mil.

Além do aumento do prejuízo, o Paraná teve queda da receita no departamento de futebol. A fonte passou de R$ 10,8 milhões para R$ 10,2 milhões – redução de 5,5%. A principal fonte de receita no futebol foi a venda de direitos federativos de jogadores, que em 2010 ficou em aproximadamente R$ 2,8 milhões, seguido pela cota de transmissão de tevê, de aproximadamente R$ 1,6 milhão. Em 2012, com a queda para segunda divisão estadual, o Paraná já tem como certa a redução de R$ 800 mil da cota de tevê do Cam­peonato Paranaense.

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