Projeto do escritório de Jaime Lerner para a La Bombonera.| Foto: Reprodução

O ex-governador do Paraná (1995-2003), ex-prefeito de Curitiba (71-74, 79-83 e 89-93) e urbanista Jaime Lerner, 81 anos, desenvolveu um projeto ousado de moderni­zação do estádio La Bombonera, lendário estádio argentino, palco nesta quinta-feira (10), às 21h30, de Boca Juniors e Athletico.

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A história é pouco conhecida e só não foi para frente por causa de questões políticas internas do dono do estádio, o Boca Juniors.

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De acordo com o arquiteto Felipe Guerra, sócio do escritório Jaime Lerner, a data do estudo foi 2007 e compreendia "não apenas mudanças no estádio, mas uma requalificações do bairro, com moradias de interesse social, mudança no transporte".

"Provavelmente hoje o escritório faria uma proposta diferente", explica.

Pelo esboço com 26 ilustrações feito pela equipe de Lerner haveria uma superficial reformulação da Bombonera, com cobertura nas arquibancadas, demolição de um dos setores para deixar a edificação homogênea e uma área externa de circulação ampla, ao lado da arquibancada.

Em 2009, durante palestra para alunos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), o ex-governador abriu publicamente o desenvolvimento do estudo e chamou o icônico campo de futebol de "horrível". O projeto não foi para frente por causa da saída do presidente à época Pedro Pompilio.

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A praça esportiva seria parcialmente demolida no projeto lernista, mas 80% revitalizada, assim como o tradicional bairro que abriga a casa do Boca Juniors.

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O pobre bairro de La Boca, que é pintado das cores azul e amarelo, basicamente vive da paixão boquense. São diversas lojas e bares típicos que pregam a cultura xeneize. Desde a entrada da Bombonera e do ginásio Bombonerita até o Caminito, rua tradicional da região com rico valor turístico e histórico.

Existe ainda home um projeto para a reforma total e modernização da Bombonera, ideia defendida pelo atual presidente Daniel Angelici desde 2011. Mas a possível construção de uma arena é vista com rejeição pela torcida, que tem peso enorme na vida política boquense. De concreto há atualmente o projeto para ampliação da capacidade de 49.000 lugares para 64.000. O clube já comprou cerca de 3 hectares atrás do estádio, mas o custo de R$ 200 milhões em obras travou o projeto com a economia do país em crise. O espaço atualmente é utilizado apenas para recreação.

Conheça o projeto

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]