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Após vencer no primeiro turno, Pupin repetiu a dose no segundo | Walter Fernandes
Após vencer no primeiro turno, Pupin repetiu a dose no segundo| Foto: Walter Fernandes

Candidatura de Pupin ainda está sub judice

Apesar de ter vencido a disputa eleitoral em Maringá, Carlos Roberto Pupin (PP) ainda não tem a vaga garantida no Executivo, já que sua candidatura é mantida sub judice. O imbróglio vem desde o início da campanha, quando o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) negou o registro do candidato do PP por unanimidade. Para o relator, o desembargador Rogério Coelho, Pupin se encontrava inelegível porque substituiu o prefeito Silvio Barros "nos seis meses anteriores ao pleito deste ano".

A coligação "A mudança continua" entrou com um recurso e conseguiu o deferimento da candidatura de Pupin por decisão monocrática do ministro Marco Aurélio Mello, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No entanto, a coligação "Maringá de toda a nossa gente", encabeçada por Enio Verri (PT), também apresentou recurso, pedindo com que a decisão fosse para apreciação e julgamento em plenário do TSE.

A definição tem de ocorrer até o dia 19 de dezembro, data da diplomação dos eleitos. Se a candidatura for indeferida, Verri será considerado vencedor, mas ainda caberá recurso no Supremo Tribunal Federal (STF).

Histórico de Carlos Roberto Pupin

O novo prefeito de Maringá tem 57 anos. Nascido em Jandaia do Sul em 22 de dezembro de 1954, Carlos Roberto Pupin é filho de pioneiros no plantio de soja na região Norte do Paraná. Ainda cedo, se mudou para Maringá, estudando no Colégio Gastão Vidigal. Foi nadador do Clube Olímpico e atleta do Marista. Estudou na Universidade Estadual de Maringá (UEM), mas concluiu o curso de Direito em Curitiba. Pecuarista, é envolvido com a política há cerca de 30 anos, embora nunca tenha concorrido uma eleição para prefeito até então. Nos últimos oito anos ocupa o cargo de vice-prefeito na gestão de Silvio Barros (PP).

É casado com Luísa Pupin e pai de dois filhos, Melody e Caio. Reside na região central, torce para o Palmeiras e é católico. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Pupin declarou ter R$ 4,5 milhões em bens. Para o Candibook da Gazeta do Povo, o novo prefeito informou ter como áreas de atuação política: a saúde, educação, mobilidade urbana, geração de empregos, segurança e assistência social.

Veja o vídeo gravado com Pupin para o Candibook durante o primeiro turno

O pecuarista Carlos Roberto Pupin (PP) venceu neste domingo (28) a disputa pela prefeitura de Maringá. Segundo o resultado divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o novo prefeito foi escolhido por 104.482 mil eleitores, o equivalente a 53% dos votos válidos (excluindo brancos e nulos). A apuração terminou pontualmente às 18h30. No entanto a comemoração do grupo de Pupin começou antes, quando pouco mais de 90% das urnas haviam sido apuradas.

Acompanhe a apuração dos votos em Maringá

Pupin derrotou o deputado estadual e economista Enio Verri (PT), que teve com 92.646 votos (47%). O resultado segue o que foi apontado pelas duas pesquisas realizadas pelo Ibope durante a campanha do segundo turno em Maringá. A última delas, divulgada no sábado (27) pela RPC TV, apontava Pupin com 54% dos votos válidos, enquanto Verri aparecia com 46%.

Os votos válidos somaram 197.128 (95,39%). Outros 4.066 eleitores votaram em branco (1,97%), enquanto nulos somaram 5.465 (2,64%).

Com a vitória, Pupin deve administrar a terceira maior cidade do Paraná e sétima da região Sul do país, com uma população estimada de 357 mil habitantes. O município tem quinto maior Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná, de R$ 7,2 bilhões, e um PIB per capita de R$ 21.711,36, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Avaliações dos candidatos

Pupin recebeu o resultado no escritório político do PP, na Avenida Prudente de Morais, onde chegou por volta das 17 horas. Segundo ele, o resultado indica que a população aceitou suas propostas.

"Fico feliz por essa população, por Maringá, por todos que estiveram junto conosco. Agora é trabalhar e cumprir promessas que assumimos durante a campanha", declarou em meio de lideranças políticas, cabos eleitorais e apoiadores.

Enio Verri acompanhou a apuração de casa. Ao final do processo, ele foi até o comitê político do PT na Avenida Horácio Racanello, onde foi recepcionado com aplausos por seus correligionários e cabos eleitorais. Na ocasião, o deputado estadual avaliou positivamente a campanha.

"Enfrentamos um candidato que pintou Maringá na televisão como linda, mas conseguimos mostrar os problemas na propaganda eleitoral. Se alguém acha que vou parar pra cuidar da minha vida, esqueça. Saí desse resultado mais motivado do que nunca", explicou Verri, que deve retornar para a Assembleia Legislativa.

Pupin repete a dose no segundo turno

O candidato do PP já havia vencido no primeiro turno, contrariando a pesquisa Ibope, que apontava liderança de Verri na véspera da eleição. Naquela ocasião, o vice-prefeito recebeu 82.955 votos (42,36%) contra 68.624 (35,02%) do candidato petista.

Para o segundo turno, Verri não recebeu apoio de quase todos os ex-candidatos a prefeito. Alberto Abraão (PV), Doutor Batista (PMN), Hércules Ananias (PSDC), Maria Iraclézia (DEM) e Wilson Quinteiro (PSB) firmaram aliança com Pupin. Somente Débora Paiva (Psol) declarou o que ela chama de "voto crítico" para Enio Verri.

A disputa em Maringá ainda mostrou uma polarização entre os aliados da presidente Dilma Rousseff (PT) e do governador Beto Richa (PSDB). Pupin teve em sua campanha nomes como os dos deputados federais Luiz Nishimori (PSDB) e Cida Borghetti (PP), do deputado estadual Evandro Júnior (PSDB), além do próprio governador.

Já Verri recebeu apoio do deputado federal Edmar Arruda (PSC) e de vários nomes fortes do governo Dilma, como os ministros Paulo Bernardo (Comunicação), Gleisi Hoffmann (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Alexandre Padilha (Saúde).

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