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Munique – A movimentação para o jogo de abertura da Copa, entre Alemanha e Costa Rica, começou cedo e parecia feriado em Munique. As ruas centrais da cidade estavam tomadas pelas cores da bandeira alemã de mescladas com outras tantas de várias nacionalidades. Quem pôde (e pelo jeito muitos puderam) trabalhou só pela manhã para dedicar o resto do período à concentração ao pontapé inicial do torneio. Muitos enforcaram a sexta-feira toda e às 11 horas já estavam "animados" graças a incontáveis copos, garrafas e canecos de cerveja.

Com o início da tarde, a festa começou a se dividir. Alguns preferiram ficar em Marienplatz, tradicional local de encontro da cidade. Mas a maioria embarcou na estação de metrô da mesma praça onde dois novos grupos se formaram.

Os mais animados eram passageiros da linha U3. Seu destino era o Centro Olímpico – usado na Olimpíada de 72 – e reservado durante o Mundial a receber a massa de sem-ingresso com um enorme telão foi montado para a transmissão dos jogos. Sempre aos gritos de "Deutschland, Deutschland, Deutschland", os fãs invadiram (ordenadamente) os vagões.

A festa alemã era democrática e aceitava milhares de outros torcedores sem possibilidades de ver o jogo. "Tentei conseguir o tíquete e não deu. Então vamos torcer e fazer festa do mesmo jeito. Será animado", afirmou a estudante brasileira Helena Schimidt. Moradora de Munique, ela conseguiu bilhete para a ver a seleção no duelo com o Japão e até lá vai curtir a Copa junto aos excluídos.

No metrô dos privilegiados, o clima era completamente diferente. Dominado por alemães e costariquenhos, a linha U6 era percorrida com uma dose reduzida de festa e cerveja. O mesmo clima tomou conta dos arredores da moderna Arena, numa ansiedade contida. Alguns ainda tentavam comprar bilhetes, mas ninguém queria perder a chance de ver a Copa começar.

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