| Foto: Hanry Milléo / Gazeta do Povo

Resultado

Masculino

Fred Kosgei Chesondin (Quênia) – 2h22m19sJoão Fonseca (Brasil) – 2h22m23sSaid Juma Makula (Tanzânia) -2h22m23sWillian Salgado(Brasil) – 2h26m46sSinval Santos Viana(Brasil – 2h27m27s

Feminino

Jackeline Rionoripo (Quênia) – 2h49m12sConceição Oliveira (Brasil) - 2h53m54sAdriana Sutil (Brasil) - 2h54m55sLarissa Marcelle Quintão (Brasil) - 3h00m06sMaria Regina dos Santos (Brasil) - 3h03m40s

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Brasileiro João Fonseca desaba após conseguir segundo lugar na prova
O vencedor da Maratona de Curitiba, Fred Chesondin e o tanzaniano, Said Makula, que chegou em terceiro lugar
Começo da Maratona de Curitiba
Paranaense Adriana Sutil, que chegou em terceiro lugar na Maratona de Curitiba
As largadas da Maratona de Curitiba começaram às 7h15 na manhã deste domingo (16)
Ex-campeão brasileiro de escalada esportiva Diogo Ratacheski
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Os quenianos Fred Chesondin e Jackeline Rionoripo venceram a prova masculina e feminina da Maratona de Curitiba, neste domingo (16). Chesondin disputou ombro a ombro com o brasileiro de Belo Horizonte, João Fonseca, que liderou a maior parte da prova. No sprint final, já no último quilômetro, o queniano conseguiu disparar na dianteira da prova. Já a queniana venceu com folga de mais de quatro minutos a frente da brasileira Maria Conceição. A londrinense, radicada em Piraí do Sul, Adriana Sutil da Costa, chegou em terceiro lugar.

Foram mais de quatro mil atletas amadores e profissionais que participaram das provas de 5, 10 e 42 quilômetros, que marca tradicional Maratona de Curitiba. As largadas começaram às 7h15 e 7h45 da manhã. O tempo limite para completar a prova principal foi de seis, mas os corredores profissionais que formaram as primeiras colocações chegaram todos em menos de 3h05m. O queniano Chesondin foi o mais rápido.

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"Cheguei ao Brasil, em São Paulo, há três semanas, e treinei muito. Mas aqui é diferente de São Paulo pela umidade", disse o queniano, após a prova. O brasileiro João Fonseca disse que, após ter liderado maior parte da prova, não resistiu ao sprint do queniano. "Honrei o Brasil. Fiz a minha prova no ano, que foi dura, mas é minha primeira maratona depois de operar uma hérnia", comemorou. Tanto a largada como a chegada aconteceram na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico.

AmadorApesar da presença de vários atletas de elite, as provas contam com a participação de muitos participantes amadores, como o empresário paulista Lúcio Oliveira, 48 anos. Ele veio à Curitiba com mais cinco familiares. Três deles farão caminhada. Os outros vão arriscar o desafio da maratona. "Vim para curtir com a família. Vim caminhar. O meu peso não me permite correr ainda, mas faz quatro anos que acompanho meus cunhados nas corridas e pretendo começar a correr logo", disse o empresário. Segundo ele, não há mais como escapar de vir à Curitiba todo ano. "Essa prova já está no calendário tradicional brasileiro", destacou.

Próximos da família Oliveira, na Praça Nossa Senhora de Salete, a aposentada Lícia Nahra, 60, e o engenheiro agrônomo, Camilo Teixeira , 29, mãe e filho, também contaram os motivos que os levaram a participar da prova. Mãe e filho mostram que é possível usar as provas oficiais para matar um pouco a saudades entre eles.

Os dois tentam correr quase sempre juntos em provas oficiais, já que ela mora em Porto Alegre e ele em Florianópolis. "Eu nunca gostei de correr. Comecei com a caminhada e agora estou fazendo os 10 quilômetros. Corro agora mais pela questão de saúde", contou a aposentada. Já Camilo relata que começou a correr em razão da influência da mãe. "Já faz quatro anos. Quando dá, a gente corre junto", afirmou."Hoje estou correndo mais para manter gás e poder jogar bola bem", brincou. Ex-campeão brasileiro de escalada esportiva supera acidente com corrida

O ex-campeão brasileiro de escalada, Diogo Ratacheski, 32 anos, também participou da prova de 10 quilômetros. Acostumado com o esporte na vertical, tem superado o maior desafio da vida. Em 2006, após um acidente de carro, em Balneário Camboriú, ficou um mês inconsciente na UTI. Acordou sem o movimento das pernas. De lá para cá, no entanto, retomou a vida e formou-se em geologia.

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Deixou a escalada e assumiu a corrida como esporte principal. "É a terceira prova que faço. Tenho treinado direto no Parque Barigui", explicou. Passou pelos 10 quilômetros com a cadeira de rodas e muito aplauso e gritos de apoio pelas ruas de Curitiba durante a prova.

Com todas as dificuldades, não pretende abandonar o lado competitivo também. "O esporte é tudo na minha vida, ao lado da minha esposa. Ela e o esporte me motivam todo dia", disse. Ele tem treino diário e específico para os braços, principal motor da corrida agora. "Já cheguei a correr 20 quilômetros no parque, mas quero agora a meia maratona", prometeu. Para tanto, está em busca de patrocínio para conseguir uma cadeira de rodas mais adequada.

Veja imagens da Maratona de Curitiba