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A semana de trabalho no CT do Caju promete ser tumultuada. Além da necessidade de uma vitória fora de casa contra o Grêmio, partida que acontece com portões fechados às 16h no estádio Centenário, em Caxias do Sul, o Rubro-Negro revive o impasse criado em torno do atacante Dagoberto. O jogador e o clube participam nesta quinta-feira de uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho de Curitiba (TRT) para definir a disputa judicial acerca da prorrogação do contrato do atleta. No mesmo dia o procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt, pode oferecer denúncia contra o atacante, que se envolveu em um lance violento com o lateral Rubens Júnior, no jogo do último sábado contra o Corinthians.

Por enquanto, o STJD ainda aguarda o envio da súmula do juiz Luís Antônio Silva Santos, que apitou a partida no Pacaembu e não viu o lance da suposta agressão. Uma cópia da fita do confronto entre atleticanos e corinthianos já foi pedida pelo procurador, que espera divulgar um parecer final até quinta-feira para então definir se denuncia ou não Dagoberto. Se punido, o atleta corre risco de pegar de um jogo a 540 dias de suspensão.

Entrevistado pela reportagem da Gazeta do Povo, o jogador minimizou o lance polêmico. "Foi um choque normal, até pedi para ele levantar rápido e seguir no jogo", comentou Dagoberto. Quem viu de forma diferente foi o procurador Alessandro Kishino, um dos 13 escalados para acompanhar a rodada do Campeonato Brasileiro, e que pediu uma análise mais detalhada do lance. "Vamos aguardar a chegada da fita para ver se houve infração disciplinar e oferecer a denúncia", assegurou Schmitt.

O método de analisar imagem de televisão em casos de agressões dentro de campo já resultou em punições severas no passado. Em março de 2005, o meia Felipe, então no Fluminense, foi punido com 180 dias de suspensão pelo STJD após agredir o volante Marcos Mendes, da Campinense-PB, em partida válida pela Copa do Brasil. O lance só foi visto através da fita da transmissão do jogo.

Questão contratual

Também na quinta-feira acontece a primeira audiência sobre a disputa judicial entre o Atlético e o jogador. No dia 5 de julho deste ano, o TRT emitiu um despacho determinando que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) registrasse a prorrogação de contrato do atacante com o clube por mais 250 dias. A decisão impediu que o contrato de Dagoberto entrasse no último ano, possibilitando que qualquer clube brasileiro levasse o jogador pagando uma multa rescisória de R$ 5,4 milhões. Provisoriamente, a multa para transferências nacionais permanece em R$ 16,2 milhões. Especula-se que, caso o atacante vença a disputa, ele deixe o Rubro-Negro e transfira-se para São Paulo ou Santos.

Às vésperas do julgamento, Dagoberto desabafou, em entrevista à rádio CBN. "Olha, não vou ser mentiroso em dizer que essa disputa não me prejudica. Coisas que aconteceram e falaram por ai acabaram tornando difíceis e complicadas, mas sempre que vesti essa camisa procurei honrá-la da melhor maneira possível".

Vida ou morte contra o Grêmio

Dentro de campo, o técnico Osvaldo Alvarez, o Vadão, realizou um treinamento técnico na manhã desta terça-feira no CT do Caju. Os trabalhos priorizaram diminuir o número de passes errados e melhorar a pontaria dos jogadores, um dos principais problemas apresentados pelo time durante a maior parte das rodadas do Brasileirão.

A novidade na equipe titular que enfrenta o Grêmio deve ser a estréia do zagueiro César, recém-contratado e que substitui Danilo, suspenso pelo terceiro cartão amarelo recebido contra o Corinthians. Quem também está a disposição é o zagueiro Alex, que foi expulso contra o Vasco e foi absolvido pelo STJD na segunda-feira. O atleta poderia pegar até três jogos de suspensão.

No lugar de Jancarlos, expulso em São Paulo, segue a dúvida se entra André Rocha ou Carlos Roberto. As definições devem sair na quinta-feira.

Veja na reportagem em vídeo do Globo Esporte o lance polêmico envolvendo Dagoberto e Rubens Júnior

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