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A tenista Teliana Pereira deve voltar aos treinos em 60 dias | Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo
A tenista Teliana Pereira deve voltar aos treinos em 60 dias| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

A tenista Teliana Pereira, 20 anos, hoje 6ª colocada no ranking da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), teve seu melhor momento na carreira em 2007. Naquele ano, chegou ao topo da lista nacional, garantiu o rótulo de brasileira mais bem colocada entre as melhores do mundo: 196° lugar. Agora, ela põe de lado a preocupação de ascensão no ranking para se centrar na recuperação do joelho direito, operado na terça-feira, e prestar atenção nos resultados do tênis masculino.

Isso porque seu irmão, Zé Pereira, 18 anos, elegeu 2009 como ano de transição da categoria juvenil para o profissional. Começou bem. No último domingo, em Porto Alegre, venceu pela terceira vez a Copa Gerdau – um dos mais importantes torneios mundiais no juvenil.

"A hora é de torcer por ele e me preparar para voltar ainda melhor", diz Teliana, que descobriu o tênis quando a família veio morar em Curitiba – o pai havia trabalhado na reforma da casa do técnico francês Didier Rayon, que na época queria montar no imóvel uma escolinha da modalidade e convidou Teliana para participar das aulas.

A pernambucana radicada no Paraná lesionou o menisco do joelho direito durante um torneio em janeiro. A cirurgia foi para retirar a parte machucada. Enquanto ela se recupera ao lado dos pais e dá uma pausa na busca de títulos, Zé Pereira treina em Itajaí (SC), onde mora há cinco anos. "Na época, foi uma decisão difícil, mas muito acertada. Ficar longe da família não foi fácil. Mas em Curitiba não tinha muitas condições de treino. Como ganhei o patrocínio do Instituto Tênis, resolvi arriscar", diz o tenista, que para este ano recheou a agenda de compromissos internacionais.

"O objetivo é somar pontos no ranking mundial. O Zé vai participar das disputas do juvenil em Roland Garros, Wimbledon e US Open. Começa com a disputa de torneios profissionais na Argentina, em 13 de abril", diz um dos técnicos, o ex-tenista Ivan Kley. A contar pelo retrospecto, o atleta tem tudo para conseguir chegar às semifinais, conforme planejou. "Ele tem melhores resultados que o Guga, se comparamos os dois no juvenil", acrescenta Kley.

O irmão de Teliana diz não se sentir pressionado com a comparação com o maior nome do tênis brasileiro masculino. "É até um incentivo. Cresci muito na quadra, mas ainda preciso competir mais para melhorar. Aprendi muito dessa força de vontade com a Teliana e agora torço pela recuperação dela. Sei que vai voltar com tudo", afirma.

A previsão é que a tenista volte aos treinos em um mês. "As lesões quebram o ritmo. Ano passado foram três meses fora por causa do ombro (recuperando-se de uma síndrome de impacto, causada pela repetição exaustiva de movimento no ombro), fiquei mais ansiosa para voltar".

Ela considera a lesão no joelho uma fatalidade. "Um mau jeito em uma bola boba durante um torneio. Estou tranquila porque sei que vou voltar bem. Não vou pensar em ranking agora", fala. A lesão a fez abrir mão da disputa de torneios internacionais no primeiro semestre. "Agora é o Didier cobrando meu fisioterapeuta, meu fisioterapeuta me cobrando e eu fazendo o melhor possível", completa.

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