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2010

Ferrari banca só Massa para o ano que vem

Pela primeira vez, a Ferrari admitiu trocar um de seus pilotos para 2010. O comentário veio do presidente da escuderia, Luca Di Montezemolo. "Um piloto espanhol ou um finlandês? Tomaremos al­­gumas decisões nas próximas semanas", disse, ao ser questionado sobre a possível troca de Kimi Raik­­konen por Fernando Alonso. Garantido mesmo, só Felipe Massa, em recuperação do aci­­dente na Hungria. "A única coisa certa é que teremos um brasileiro, que merece uma outra chance, pois, graças a Deus, ele está bem agora", disse.

Cingapura - A FIA divulgou um dossiê em que detalha, em 91 páginas, todo o processo de investigação do caso Re­­nault. Pelos documentos apresentados pela entidade que co­­manda o automobilismo, há uma contradição entre o que Nelsinho Piquet afirma e o que a Renault concluiu após fazer uma investigação interna para esclarecer o episódio. O brasileiro afirma que lhe pediram que batesse. Já a equipe entende que foi o próprio piloto quem sugeriu o acidente.

Depois de ser chamada pela FIA, em 4 de setembro, para es­­clare­­cer ao Conselho Mundial se havia premeditado o acidente para favorecer a estratégia de Fernando Alonso, a Renault iniciou uma série de interrogatórios com seus funcionários. A conclusão indica que Nelsinho e o diretor de engenharia Pat Symonds foram os responsáveis pela armação. Não há comprovação da participação de Flavio Briatore, então chefe de equipe. Pelas correspondências enviadas à FIA antes do julgamento da última segunda, Ali Malek e Andrew Ford, advogados que re­­presentam a Renault, dizem que os depoimentos prestados por Nel­­sinho são "contraditórios, va­­gos e incorretos em vários aspectos".

Durante as entrevistas com os funcionários, os investigadores da empresa de advocacia Whiters LLP foram procurados por um membro do time, chamado de "o delator" ou "testemunha x" na papelada, que confirmou a versão que havia sido dada por Symonds à FIA nas investigações da entidade.

De acordo com este funcionário, "Nelsinho procurou Symonds após a classificação e sugeriu a ideia de uma batida proposital como maneira de reparar seu fraco rendimento na sessão". A testemunha conta ainda que a ideia foi levada por Symonds a Briatore e que o inglês então teria orquestrado a armação.

Os advogados da Renault voltaram a interrogar Symonds e Briatore: o diretor técnico não negou as informações; o italiano disse não ter envolvimento no caso. Assim, os investigadores concluíram que Nelsinho, Sy­­monds, Briatore e o "delator" sa­­biam da armação. "A ideia deste acidente foi totalmente concebida por Nelsinho. Foi ele quem me procurou com a ideia", declarou Symonds, suspenso por cinco anos, em carta à FIA. Briatore foi banido e Nelsinho ganhou imunidade por ter denunciado o caso à entidade.

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