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Sem conseguir melhorar o rendimento do Paraná, em queda livre no Brasileiro, Lori Sandri mudou de idéia. O treinador sempre alardeou não ser do tipo que "abandona o barco" e reiterou após a goleada para o Figueirense que o momento era de calma; assegurou que cumpriria seu trabalho até o fim. Pouco mais de 12 horas depois, decidiu, ainda pela manhã, abrir mão do cargo. Definiu o ato contrário ao seu discurso como "um gesto de renúncia para benefício de algo maior".

O treinador, cuja relação profissional e emocional com o clube tem origem em 1966, quando era jogador, apresentou seu lado torcedor. "Nessa hora tenho de ser paranista acima de qualquer outra coisa", falou. A medida seria a criação de um "fato novo" que mexesse com o psicológico do time. "Algo que possa tirar o clube dessa posição ruim e embaraçosa na qual se encontra", acrescentou.

Nas entrelinhas, o comandante deixou nítido que considera o plantel limitado. Perguntado se falta motivação ou qualidade ao grupo, tentou desconversar. Disse que não teceria comentário sobre a capacidade dos jogadores, mas que esperava que a motivação superasse a qualidade. No mesmo raciocínio, lamentou ter chegado tão tarde à Vila. "Cheguei de mãos amarradas. Você percebe que tem deficiência em 4 ou 5 posições e não pode contratar ninguém. Fica sem tempo nem peças para trabalhar", afirmou.

Lori evitou falar sobre um possível sentimento de culpa pela campanha paranista – em 10 jogos, venceu 3, empatou 1 e perdeu 6. "A situação já era delicada quando assumi. Consegui melhorar a equipe. Só não foi suficiente", avaliou. (SG)

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