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 | Albari Rosa/Gazeta do Povo
| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Fundado em 1912, o Operário Ferroviário Esporte Clube era, até quatro anos atrás, um time centenário sem perspetiva. E nenhum título.

Após uma revolução interna, o clube de Ponta Grossa vive momento único em sua história e pode retornar à Série B do Brasileirão após 28 anos.

O Fantasma ficou em segundo lugar no Grupo B da Série C após perder para Luverdense por 1 a 0, fora de casa, no sábado (11). Somou 35 pontos em 18 jogos, os mesmos números que o Botafogo (SP), que ficou à frente pelo saldo de gols.

Classificado antecipadamente às quartas de final, o time paranaense jogará o mata-mata valendo a sonhada vaga a partir de 19 de agosto contra o Santa Cruz, terceiro do Grupo A, com 28 pontos.

Caso vença o duelo com o time nordestino, decidido em dois jogos, o Operário garante-se entre os quatro melhores da competição. Assim, estaria garantido no Brasileirão da Série B em 2019.

O primeiro jogo será no estádio do Arruda, em Recife, no dia 19. O alvinegro poderá decidir a classificação para a semifinal dentro de casa, no Germano Kruger, no dia 26. Os horários ainda serão confirmados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Quem avançar vai ter pela frente Bragantino e Náutico na semifinal. Já na outra chave, Cuiabá e Atlético-AC disputam uma vaga, assim como os xarás Botafogo-PB e Botafogo- SP.

Quartas de final

19/8

Santa Cruz x Operário

Bragantino x Náutico

Cuiabá x Atlético-AC

Botafogo (PB) x Botafogo (SP)

26/8

Operário x Santa Cruz

Náutico x Bragantino

Atlético-AC x Cuiabá

Botafogo (SP) x Botafogo (PB)

Começo do zero, sem divisão

José Álvaro Góes Filho, 57 anos, presidente do grupo gestor do Operário.Albari Rosa/Gazeta do Povo

O cenário era de terra-arrasada. Em 2016, logo no ano seguinte ao título paranaense – primeira conquista da centenária história do Operário – e de bater na trave na Serie D, o clube foi impiedosamente punido pela bola.

Rebaixado no Paranaense, o Fantasma teria de disputar a Divisão de Acesso do Estadual em 2017. E só. A menos que vencesse a Taça FPF, competição sub-23 que valia vaga na Quarta Divisão do ano seguinte.

“Era a única chance de termos um calendário nacional”, lembra o José Álvaro Góes Filho, 57 anos, presidente do grupo gestor do Operário.

“Não tínhamos time sub-23, então montamos um elenco do zero. Fomos campeões invictos”, emenda o empresário.

De quase sem divisão, o time de Vila Oficinas ganhou fôlego para continuar sua revolução interna. Mas o projeto de profissionalização iniciado em setembro de 2014 ainda enfrentaria outra encruzilhada.

A área interna do Germano Krüger, onde ficam os vestiários do estádio, estava tomada pela torcida. Era julho de 2017 e o time acabara de ser eliminado da Divisão de Acesso. O empate por 1 a 1 com o União, de Francisco Beltrão, significava mais um ano de vergonha, fora do grupo de elite do Paranaense.

Com os jogadores trancafiados no vestiário, José Álvaro deu a cara a tapa. A pressão era pela demissão o técnico Gerson Gusmão, o Gersinho.

“Sai e enfrentei todo mundo, torcedor xingando, repórter pressionando. Não ia mandar embora coisa nenhuma… Hoje todo mundo lembra e está aí o resultado”, conta o dirigente.

Manager sem prazo de validade

Gerson Gusmão, treinador do Operário.Luciano Mendes/Operário/Divulgação

Qual o treinador mais longevo nas Séries A, B e C do futebol brasileiro? Pergunte no Operário e a resposta está na ponta da língua.

Assistente técnico de Itamar Schülle no Paranaense 2015, Gerson Gusmão retornou aos Campos Gerais em março do ano seguinte para iniciar seu segundo trabalho à frente de um time profissional. Não saiu desde então e já soma dois anos e quatro meses no Fantasma.

Gaúcho de Novo Hamburgo, Gersinho é um dos segredos da campanha operariana na Série C. Ele desfruta de uma condição rara no futebol nacional. Aos 44 anos, é mais do que um técnico — acumula também a função de manager do clube.

Todas as contratações, invariavelmente, passam por ele. “É uma liberdade que tenho com o presidente e que acaba sendo fundamental”, explica o ex-jogador revelado no Criciúma.

“Você sabe que tem credibilidade e autonomia para fazer as coisas. Claro que é cobrado também, mas isso te dá uma tranquilidade. E o grupo de atletas percebe. Não tem como um jogador treinar devagar. Se for assim, ele sabe que vou falar com os caras e vou trazer outro pro lugar”.

Adepto de uma escola que prioriza a solidez defensiva, o comandante do Fantasma também tem a alta intensidade como característica de trabalho. A cobrança é forte e a filosofia é de que ‘treino é jogo’.

A representatividade do manager aparece até na hierarquia salarial do elenco. “Nenhum reforço pode vir ganhando mais do que os atletas que estão aqui. No máximo igual”, diz Gusmão, que ao longo da carreira como auxiliar construiu uma banco de dados fundamental para sua dupla função atual.

“Isso me abriu um campo de atletas, de parâmetro e nível de jogadores. Dentro disso busco nomes que se encaixam no meu estilo e mecânica de jogo”.

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