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A perda do título da Libertadores não tirou o humor do técnico Muricy Ramalho. Ele elogiou o espírito de luta, determinação e o futebol apresentado pelo São Paulo, principalmente no empate por 2 a 2 diante do Internacional, no Beira-Rio, em Porto Alegre, na última quarta-feira, e admitiu que a derrota em casa por 2 a 1, na primeira partida, no Morumbi, foi decisiva. A única coisa que o irrita profundamente é chamá-lo de pé-frio pelos três últimos vice-campeonatos.

Muricy Ramalho bateu na trave nos últimos meses em três oportunidades consecutivas. No Campeonato Brasileiro de 2005, foi vice com o Internacional, perdendo o título para o Corinthians no polêmico sistema de pontos corridos, que teve a interferência do Superior Tribunal de Justiça Desportiva por causa do Escândalo do Apito, no qual o ex-árbitro Edilson Pereira da Silva foi acusando de manipular resultados.

Neste ano, já pelo São Paulo, Muricy Ramalho foi vice-campeão paulista, com um ponto a menos do que o Santos. E agora voltou a ficar no quase ao perder o título da Libertadores para o Internacional, em Porto Alegre.

- No Brasil, o técnico é sempre rotulado. Não importa se o trabalho dele foi bem realizado. Bastou ficar em segundo que não presta mais. Ninguém quer saber se o seu time está sempre decidindo. Se vencer, ele é o melhor. Se perder, vira o pior - reclama Muricy.

No que depender de títulos, a carreira de Muricy demonstra que ele não é pé-frio. Em 94, levou o São Paulo à conquista da Copa Conmebol. Em 96, ganhou a Copa dos Campeões. Também foi campeão na China, em 98. Os últimos trabalhos também foram surpreendentes. Foi hexacampeão estadual entre 2001 e 2004 - bicampeão com Náutico (01 e 02), Internacional (03), São Caetano (04) e Internacional (05).

Muricy Ramalho tem ainda possibilidades de ganhar dois títulos neste ano no comando do São Paulo. Nos dias 7 e 14 de setembro, o Tricolor disputa com o Boca Juniors, da Argentina, o título da Recopa Sul-Americana. Sem contar que a equipe lidera o Campeonato Brasileiro e corre atrás de uma taça que não conquista desde 1991.

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