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Dupla de zaga brasileira não foi feliz no duelo contra os uruguaios | Albari Rosa, enviado especial/ Gazeta do Povo
Dupla de zaga brasileira não foi feliz no duelo contra os uruguaios| Foto: Albari Rosa, enviado especial/ Gazeta do Povo

Defesa

David Luiz e Thiago Silva fazem mea-culpa e ganham perdão de Felipão

Os zagueiros David Luiz e Thiago Silva admitiram seus erros. O primeiro fez pênalti tolo sobre Lugano no começo da partida e contou com a sorte ao ver Júlio César pegar a cobrança de Forlán. O companheiro entregou a bola para Cavani empatar no início do segundo tempo. "Cometi um pênalti que deu chance de marcarem primeiro. Mas graças a Deus e à qualidade do Júlio César isso não aconteceu", respirou aliviado David Luiz.

Thiago Silva encarou a falha com tranquilidade, a mesma que teve em excesso ao tentar sair jogando dentro da área brasileira e presentear o adversário. "Estamos sujeitos a ficar marcados por coisas positivas e negativas. Lutamos pelas positivas e não como foi hoje [ontem]", disse, antes de explicar o motivo de não ter isolado a bola. "Em função de uma pancada na perna esquerda, estava impossibilitado de chutar ou dar um passe mais forte"

Felipão descartou um puxão de orelha nos zagueiros. "Normalmente nas nossas colocações aos atletas, utilizamos 90% do tempo para mostrar as situações nas quais foram bem. Não compete mostrar somente as dificuldades. E, sim, exaltar como e porque progrediram. Com isso, vou dando tranquilidade e confiança", discursou. "Acho que num todo eu e o David estivemos bem posicionados e demos poucas chances ao Uruguai", defendeu Thiago Silva. (NF)

Um satisfeito Luiz Felipe Scolari chegou à sala de imprensa com uma folha de papel em mãos para a coletiva após a vitória sobre o Uruguai, quarta (22), no Mineirão. Era uma lista com as estatísticas da partida. Números lidos pelo treinador, como de 64% a 36% de posse de bola a favor do Brasil, 425 passes do escrete nacional e apenas 250 da Celeste. Mas Felipão se apegou fortemente a um dado mais específico.

"Agora, o mais importante", avisou o treinador. "Faltas! Vou repetir: faltas! 14 [na verdade, foram 12] do Brasil e 24 do Uruguai", anunciou Felipão, que depois criticou quem disse que a seleção brasileira cometia muitas infrações nos jogos. "E não estou voltando a ser ignorante, viu?", destacou.

A equipe brasileira entrou em campo na semifinal com o título de mais faltosa da competição. Foram 67 nos primeiros três jogos quando venceu Japão, México e Itália. Na véspera, a seleção ainda precisou ouvir do capitão uruguaio Lugano – famoso por sua marcação forte e às vezes violenta –, que o "Brasil bate com vontade e que Neymar simula muitas faltas." Declaração que azedou o clima entre os rivais sul-americanos.

Satisfeito com o jogo mais limpo dos seus comandados, Felipão ressaltou a maturidade da Celeste. "A principal diferença foi a experiência que o Uruguai já tem. É uma equipe pronta, jogando junto há tempo. E está em melhor situação do que nós. Mas a nossa vontade foi fantástica", elogiou. "Só ganhamos porque esses jogadores foram determinados, correram muito, às vezes para o lado errado, mas fizeram grande esforço", exaltou o técnico.

Felipão também agradeceu o apoio da torcida, que superou as expectativas da equipe. O time saíra vaiado do Mineirão, em abril, durante amistoso com o Chile, que terminou empatado por 2 a 2. E já aproveitou para convocar o público para a final no Maracanã.

Com a eliminação na Copa das Confederações, o foco do Uruguai se voltou totalmente para as Eliminatórias, onde a equipe luta por vaga no Mundial de 2014 – a Celeste, hoje na repescagem, jogará dia 8/9 , fora de casa, contra o Peru. A disputa do terceiro lugar, contra o perdedor do jogo de hoje entre Espanha e Itália, foi praticamente esquecida. (ALM)

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