Se não fosse o Paraná...

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E o Paraná Clube – quem diria? – salvou a honra do futebol paranaense no fim de semana. Foi o único a vencer, enquanto Atlético e Coritiba foram derrotados e hoje circulam lá na parte de baixo da classificação. Um entre os "rebaixáveis" e outro no limite, faltando quase nada para entrar.

O "quem diria?" se justifica, pois nem mesmo o mais otimista dentre os torcedores tricolores acreditava na possibilidade de uma campanha entre os primeiros colocados da Segunda Divisão nacional. Item obrigatório seria subir no campeonato estadual, o que viesse de bom fora isso seria muito bem recebido. Manter-se no bloco intermediário da Série B já seria muito bom, conforme opinião geral dos paranistas.

A vitória de sábado, contra o Boa Esporte, um bom oponente, foi incontestável. O time teve paciência para esperar o melhor momento de chegar ao gol, sem se deixar levar pela ansiedade. E foi recompensado pelos três pontos conquistados.

Quinto colocado, o Paraná Clube já começa a olhar as posições acima dele com mais atenção, pois apenas quatro pontos estão a separá-lo do grupo que vai subir. Tem uma partida complicada amanhã, contra o Vitória, na Bahia, e qualquer ponto que venha de lá é lucro.

Derrotas fora de casa

O Atlético assustou pelo que fez no primeiro tempo em Belo Horizonte. Levou um baile do América e a vantagem de dois gols ficou muito barata pelo que se viu em campo. O técnico Jorginho conseguiu consertar o time para o segundo tempo que conquistou dois gols, quase se livrando da derrota. Mas o terceiro gol dos mineiros foi um castigo, já que a reação atleticana justificaria resultado melhor.

A dolorida presença na zona do rebaixamento poderia ser contestada por quem lembra do jogo a menos que os rubro-negros terão de cumprir. Sim, mas primeiro terão de vencer essa partida (amanhã, contra o Ipatinga), o que vem sendo difícil para quem demorou mais de um mês para conseguir fazer um gol.

E, ontem, o Coritiba manteve o padrão de seu histórico recente: não rende fora de casa. Mesmo com descontos para o desentrosamento do time reserva coxa-branca, o São Paulo quase não foi incomodado, exceto por uma chance desperdiçada por Anderson Aquino. Isto porque todas as bolas perigosas caíram para a finalização de Junior Urso, que, todos sabem, é um desastre nesse fundamento.

E como o adversário também sabe, ele costuma ser o único jogador sem marcação, pois, se é útil no combate e no desarme, lá na frente "a natureza marca", como se diz nas peladas.

Claro que o foco do Coxa está todo na final de quarta-feira. Mas a má colocação no campeonato brasileiro vai pesar lá na frente, exigindo uma recuperação antes que a situação se complique.