Só a vitória devolve o equilíbrio Rubro-Negro

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">"É só ganhar que todo mundo esquece." A frase mais repetida pelos jogadores atleticanos nos últimos dias ilustra bem a responsabilidade do time no jogo de hoje contra o Fluminense, às 18h10, na Arena. O Rubro-Negro pretende fazer da estréia no Brasileiro um marco para o time em 2006, deixando para trás os fracassos no Paranaense e na Copa do Brasil para fazer uma campanha de sucesso no resto da temporada.

O adversário parece ter sido escolhido a dedo para colocar o plano em prática: um grande time do futebol brasileiro, com boa repercussão de mídia, porém acostumado a derrotas no Caldeirão – algo comum para equipes cariocas.

Desde que a Arena foi inaugurada, em 1999, o Atlético já recebeu o Flu seis vezes. Ganhou quatro, empatou uma e perdeu uma. Destaque para a vitória por 3 a 2 na semifinal do Brasileiro de 2001, dando o troco na derrota na primeira fase da competição e abrindo caminho para o maior título do clube.

O Tricolor carioca tem um time considerado forte no papel. Mas, como o Furacão, sequer chegou às semifinais do Estadual. Continua na Copa do Brasil. Na última quarta-feira empatou por 2 a 2 com o Vila Nova, em Goiânia, na abertura da terceira fase. Porém jogou mal e o resultado foi considerado um golpe de sorte pela crônica e os próprios dirigentes.

Eliminado pelo Volta Redonda na segunda fase da competição, o Atlético teve 11 dias para refrescar a cabeça. Mais tempo para o técnico Givanildo Oliveira tentar colocar a casa em ordem. "Sabemos que temos de mudar algumas coisas. A equipe com certeza será mais competitiva e arrojada. Também precisamos marcar melhor e criar mais jogadas de ataque. Então seremos um time vencedor", analisa o treinador.

Ele espera a compreensão dos torcedores. "Eles sabem que é outra competição e precisamos do apoio para começar bem", afirma. Ao mesmo tempo, Givanildo e os jogadores não esquecem que precisam dar algo em troca. "A torcida é simplesmente o reflexo do time. Se formos bem vão no embalo, mas se não conseguirmos melhorar é normal a cobrança", diz o zagueiro Danilo.

Não há como negar que a motivação aumenta ao iniciar o principal desafio da temporada. "Todo mundo espera esse campeonato. O Paranaense é importante, mas não igual o Brasileiro", discursa o meia Evandro. Ele e os companheiros sabem que os fantasmas Adap e Voltaço só ficarão para trás com vitórias sobre Fluminense, Santos, Botafogo, Inter...

Atlético x Fluminense, às 18h10

Estádio: Arena da Baixada, em Curitiba-PRÁrbitro: Alício Pena Júnior (Fifa-MG)Auxilares: Helberth Costa Andrade (MG) e Rodrigo Otávio Baeta (MG)

Atlético - Cléber, Jancarlos, Paulo André, Danilo e Moreno; Alan Bahia, Erandir, Evandro e Ferreira; Pedro Oldoni (Válber) e Dênis Marques. Técnico: Givanildo Oliveira.

Fluminense - Fernando Henrique, Rogério, Thiago Silva, Thiago e Marcelo; Marcão, Arouca, Bruno (Romeu) e Petkovic; Lenny e Tuta. Técnico: Oswaldo de Oliveira Juiz.