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Frankfurt – Ronaldo chegou à seleção brasileira em meio a dúvidas e fora de forma, principalmente por causa das seguidas lesões que o deixaram longe dos jogos no Real Madrid. Apesar de nitidamente distante do ritmo do restante do elenco (apresentou-se com 95 quilos), foi recuperando o tempo perdido e conseguiu se destacar em meio ao desastre brasileiro na Alemanha. Em alguns lampejos, lembrou o camisa 9 de quatro anos atrás, artilheiro do Mundial da Coréia e do Japão, e fez o suficiente para se consolidar como o maior artilheiro da competição em todos os tempos.

Pesadão, sem a mesma explosão muscular e a velocidade que o fizeram famoso, Ronaldo balançou as redes três vezes. Assim, chegou a 15 gols em quatro participações no torneio. Primeiro, se distanciou do então também recordista nacional, Pelé, com 12 gols. Depois, deixou para trás o alemão Gerd Müller, com 14. Uma das poucas boas recordações que 2006 deixará na história da seleção brasileira.

Contra o Japão, foi eleito o homem do jogo. Fez dois gols, um deles de cabeça, algo raro na carreira. Durante as cinco partidas que disputou, chutou 15 bolas à meta adversária, 8 atingiram o alvo. Pouco pela justa fama de goleador.

Ronaldo esperava o título para sacramentar uma de suas teses: a de que o grupo atual é melhor que o da época de Pelé. Essa façanha ele não conseguiu.

"Temos de levantar a cabeça. Somos uma geração vencedora, mas todos precisam de tempo para esfriar a cabeça e esquecer a derrota", afirmou, logo após o resultado que encerrou uma série de três finais de Copa consecutivas da seleção brasileira.

Bem ao seu estilo, preferiu não dar maiores explicações sobre o indiscutível fracasso diante da França – no qual foi o único a acertar um chute ao arco de Barthez, mesmo sendo visível seu péssimo condicionamento.

"Em nenhum momento faltou atitude", disse, contrariando sentimento geral da torcida.

"Todos vão procurar desculpas pela desclassificação. Não dá para analisar quem errou ou em que erramos. Isso é o que menos importa. No futebol é assim: se ganha ou se perde", finalizou.

Ontem, Ronaldo deixou a Alemanha acompanhado da namorada Raica com destino a Madri, onde vão passar as férias. O irmão da modelo, o filho e a mãe de Ronaldo, Ronald e Sônia, também viajaram. O pai do jogador, Nélio, chega hoje à Espanha.

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