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Poucos jogadores têm cacife para beijar o escu­do do time. Um, digamos, Léo Moura, do Flamengo, tem atributos suficientes para sapecar os lábios no brasão do Rubro-Negro carioca. Sua ficha de serviços prestados ao time da Gávea é extensa. Contratado em 2005, o esquálido lateral-direito com seu topete moicano é figurinha de muitos álbuns na página do Mengo. Moura pode beijar o escudo do Urubu de língua, se quiser.

Ontem um amigo coxa-branca me perguntou de Keirrison, se vai jogar ou não, enfim, o que se passa com o ex-K9. Bem, todos sabem que ele está convalescendo da última cirurgia do joelho, dentre muitas outras. Keirrison deve ter somado mais horas de fisioterapia do que de jogo. O amigo alviverde garante que a torcida coxa dá de ombros com Keirrison, não se importam com ele, apesar de todo o histórico favorável do K9 com a camisa verde e branca. Diz ele que a torcida não vai esquecer fácil daquele beijo que o atacante colou no escudo do Palmeiras depois de fazer seu primeiro gol pelo time paulista. Segundo ele, Keirrison poderia ter evitado o gesto, precipitado, oriundo da emoção de marcar pelo então novo e desejado clube. K9 sempre se disse coxa-branca de berço, e o beijo na insígnia do Porco naquele dia não foi ainda digerido por parte da torcida.

Se Keirrison voltar a jogar pelo Coxa, possivelmente na temporada do ano que vem, e presentear a torcida com seus decisi­­vos gols, talvez ganhe o perdão. E talvez nem precise beijar o escudo coxa. Melhor evitar.

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Este cartunista – e dublê de cronista esportivo – fez algumas simulações das rodadas faltantes para o término do Brasileiro, lado A e B. Pela Segundona, procurando ser o mais lógico possível, cravando placares mais factíveis do que por preferência clubística, e apesar do futebol pertencer ao Sobrenatural de Almeida, ficou evidente que teremos uma briga acirrada pela quarta vaga do G4. As três primeiras já têm donos, segundo os resultados do meu simulado: Vitória, Criciúma e Goiás, por supuesto.

Atlético, São Caetano e Joinville disputarão a tapas e unhas, até à última rodada, o precioso bilhete de entrada à elite do futebol brasileiro. Como repete sempre Drubscki, ex-estagiário rubro-negro, é vencer e secar, secar e vencer.

Quanto à Série A, meus fictícios placares colocaram Flu como campeão, Grêmio vice e Galo num honroso terceiro lugar. E, veja só, o São Paulo captura a quarta vaga do G4. No rodapé da tabela entram em cena Náutico e Portuguesa, ora discretos, escondidinhos.

O Coxa seguirá num sobe e desce vertiginoso, mas acaba o BR-12 em 13.°, com 45 pontos, apenas três acima do Por­­co, segundo minhas conjecturas.

Bem, nunca ganhei um centavo em loterias, e é bem possível que meus prognósticos estejam mais furados do que escorredor de macarrão.

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