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Ainda abalado com a morte do atacante nigeriano Endurance Idahor, do Al Merreikh, ocorrida no sábado, durante uma partida contra o Al Amal, pela Liga do Sudão, o técnico brasileiro Carbone relatou que, por pouco, a tragédia não tomou proporções ainda maiores. No início do jogo, Idahor desmaiou e foi encaminhado a um hospital, onde acabou morrendo. A torcida, revoltada, começou a atirar pedras no campo, responsabilizando o time adversário por uma suposta agressão. O que ninguém sabia ainda, era que Idahor havia sido vítima de um infarte fulminante ainda no campo.

Carbone admitiu que a sua primeira impressão foi de uma agressão, pois o atacante caiu sozinho na área adversária. Porém, preocupado com as consequências, Carbone pediu aos seus jogadores que evitassem qualquer tipo de revide.

"Os torcedores agiram de maneira violenta, começaram a jogar pedras e a querer invadir o gramado. Na hora, também tive a ideia de uma agressão. Só consegui ver o que tinha acontecido quando vi o lance pela televisão. O jogo teve prosseguimento e eu coloquei outro nigeriano (Kelleti) no lugar de Idahor. Pedi a ele e ao time que jogassem futebol, sem vingança, pois temi que a violência pudesse se espalhar e incendiar ainda mais os torcedores. Porém, dois atletas meus contaram que Idahor caiu sozinho, sem ser agredido", contou Carbone.

O treinador brasileiro está muito preocupado com o impacto da morte de Idahor no seu grupo de jogadores. Após o luto oficial de três dias, o comandante brasileiro voltará a ter contato com os atletas na quarta-feira (10). À princípio, a delegação do Al Merreikh iria para o Egito, até os ânimos se acalmarem e a torcida entender que a morte do atacante nigeriano foi uma fatalidade. Mas Carbone vai tentar convencer a diretoria a ficar no Sudão, para não dar a idéia de que o clube está fugindo do problema.

"Estamos todos abalados e tristes, mas não podemos deixar o país agora. Vou tentar fazer a diretoria mudar de posição. A torcida continua revoltada e temos de mostrar a eles que foi uma fatalidade. Vou conversar com o grupo e mostrar que Idahor vai estar conosco, é como se entrássemos em campo com 12 jogadores", explicou o brasileiro.

E para ajudar a superar esse momento de dificuldade, Carbone contará com o apoio do seu filho, Rodrigo Carbone, que vai trabalhar como seu auxiliar técnico no Al Merreikh.

"É um cargo de confiança e preciso dele agora. Pedi aos dirigentes e eles aceitaram. Será muito bom contar com o apoio dele", disse Carbone, que já trabalhou com o filho no Sorocaba, clube do interior de São Paulo.

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