Sonho adiado, que nada! A torcida do Coritiba ignorou o empate contra a Ponte Preta, por 1 a 1, que poderia ter antecipado o acesso matemático à Primeira Divisão, e já começou a festejar. Cerca de 70 pessoas foram ao Aeroporto Afonso Pena na manhã de ontem recepcionar a delegação alviverde após a miniexcursão por São Paulo.
Com cantos de incentivo e coros de adeus à Segundona, os torcedores coritibanos reencontraram os atletas para iniciar a contagem regressiva da tão esperada festa do fim de semana.
Para quem aguardou tanto tempo, a espera de mais alguns dias não incomoda. É até bem vinda. Fãs e jogadores reconhecem que para uma celebração à altura do retorno à elite nenhum local supera o Couto Pereira.
"Melhor mesmo se for em casa ao lado da torcida, que foi fundamental para a gente", afirmou Pedro Ken, entre um autógrafo e uma foto ao lado dos fãs.
"A cada jogo eles vão comemorar com a torcida e agora é a nossa vez de vir aqui comemorar com eles. Agüentamos tanto que não custa esperar mais um pouquinho. Festejar em casa vai ser mais gostoso", disse o operador Francisco Júnior, com o filho Lucas, de apenas um ano e meio, no colo aplaudindo cada manifestação dos torcedores.
O clima festivo contrastava com o cansaço causado pela viagem e com a cautela do elenco em relação ao próximo adversário o Vitória, sábado, às 16 horas.
"Nós ainda não podemos entrar nesse clima. É hora de trabalho. Vai ser um jogo difícil porque o Vitória é uma equipe forte, é vice-líder, mais um que vamos enfrentar", lembrou o capitão Anderson Lima.
A troca de posições na tabela coloca o líder Coritiba diante do terceiro segundo colocado diferente em pouco mais de um mês. Dia 29 de setembro, a equipe bateu o Ipatinga (1 x 0), com o pênalti cobrado quatro vezes pelo próprio Anderson. No dia 12 de outubro, foi a vez de o Alviverde vencer o Criciúma, então vizinho na classificação, para completar os festejos dos 98 anos.
O Coritiba mostra atenção com os baianos e consigo mesmo. A insatisfação do técnico René Simões com o empate em Campinas pareceu incorporada pelo grupo. "Foi um empate importante, mas queríamos a vitória e vamos buscar em casa", disse o atacante Henrique Dias. Para o treinador, o time permitiu a reação adversária após abrir o placar, quando deveria ter "gelado a bola".
Lição aparentemente aprendida e que deve ser colocada em prática depois de manhã para uma nova missão pedida pela torcida. "É campeão", gritavam os coritibanos na saída do ônibus alviverde.
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