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O nome não respeita a história. As recompensas causam estranheza. O calendário prejudica os grandes. E pelo menos um dos participantes entra em campo sob suspeita. Eis a Copa dos 100 anos, competição que começa hoje e vai até 3 de dezembro (data da última rodada do Brasileiro).

A nova experiência da Federação Paranaense de Futebol (FPF) vale uma vaga na Copa do Brasil (motivo que levou Atlético, Coritiba e Paraná a entrar na disputa) e outra na Série C. Terá a participação de 12 clubes, todos inscritos no regional de 2007.

Problemas não faltam, mesmo antes da bola rolar. Sem contar o fato de o evento celebrar o centenário do esporte no estado com três anos de atraso, tem ainda o fato de o "trio de ferro" não ter a mínima condição de usar os titulares (pela coincidência de datas com o Nacional). E o pior: a presença do Iguaçu surge como séria ameaça jurídica ao torneio.

O clube de União da Vitória se credenciou à Copa graças ao título da Divisão de Acesso deste ano. No entanto, há duas queixas, um inquérito e uma ação declaratória contra a equipe correndo no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR). Caso seja condenado, não teria em tese o direito de entrar em campo.

Na quinta feira, o TJD-PR vai analisar as denúncias feitas contra a agremiação. Cascavel e Engenheiro Beltrão, partes interessadas no caso, garantem que houve uso de jogadores irregulares. A pena acarretaria a imediata perda de seis pontos e reviravolta na Segundona, beneficiando a Cobra do Oeste.

"Posso garantir que não há dúvida em relação a essa infração (utilização de atleta sem condições de jogo). Solicito que não sejam válidos os resultados da Divisão de Acesso, assim como não se faça uso da sua classificação", diz o procurador Davis Bruel, encarregado pela denúncia.

Outro impasse diz respeito a supostas irregularidades do Iguaçu no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. A questão só aumenta a revolta da direção do clube, que reage em tom ameaçador – assim como se apega na lentidão processual vigente no país.

"Em relação ao CNPJ, vamos nos pronunciar na hora certa. Não tememos represálias, pois iremos até a última instância brigando. Vai acabar a Copa e nada será definido no tribunal. Além disso iremos mostrar que mais clubes usaram jogadores com problemas", avisa o presidente Odenir Borges.

O impasse pode gerar uma situação inusitada: um representante do estado na Copa do Brasil e Série C do Nacional não-integrante da elite (caso seja apenada) e até com problemas na esfera penal (se realmente adulterou o CNPJ).

De acordo com a FPF, não se pode agir com base em hipóteses – por isso a falta de ação até agora. "Dependemos das decisões da Justiça. Esperamos a realidade dos fatos, até que se esgotem todas as chances de defesa", explica o diretor Almir Zanchi.

Na internet: Paraná B x Coritiba B, às 15 horas, no www.fpftv.com.br.

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