Tricolor tenta superar o pior retrospecto caseiro

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Jogar em casa não tem sido sinônimo de bons resultados para o Paraná nesta Série B. O aproveitamento do time (53,3%) é o pior dos últimos dez anos – e ainda pode cair se o Tricolor continuar derrapando quando se apresenta na Vila Capanema. A partida de hoje, às 21 h, contra a Portuguesa, no entanto, pode marcar a volta dos triunfos paranistas no estádio Durival Britto e Silva, além de aliviar a pressão que vem da zona de rebaixamento.

Se conseguir quatro vitórias nos últimos seis jogos como mandante, a equipe de Roberto Cavalo – pelo menos – já estaria livre do rebaixamento. So­­mando 12 pontos aos atuais 35, o Paraná alcançaria os 47 pontos considerados necessários para fugir da degola. Além disso, se fizer a lição de casa, o Paraná deixaria para o ano de 2005 o pior desempenho da década jogando em casa (54%).

"Estamos em dívida dentro de casa, principalmente no meu co­­mando (empate com o Juven­­tude e derrota para o Figueirense)", disse o comandante Roberto Ca­­valo. "Desde que cheguei, se ti­­véssemos feito o dever dentro de casa estaríamos brigando pelo G4. Esse era o planejamento", completou.

Em 13 partidas na Vila Capa­­nema, o Tricolor desperdiçou pontos em quatro derrotas (Brasiliense, ABC, Bahia e Figuei­­rense) e três empates (Ponte Preta, Ceará e Ju­­ventude). A pontuação jogada fora (18 pontos) é tão significativa que colocaria os paranistas no segunda posição do campeonato e na briga pelo título, com 53 pontos, atrás apenas do líder Vasco.

Para que novos tropeços diante da torcida não venham, o treinador tem a receita. "O que tenho fa­­lado é para nos impormos em casa. Temos de ter um bom posicionamento tático, uma boa marcação. E ter coragem para jo­­gar, que é o que é preciso na Série B", disse. "Falta um pouco mais de garra de cada um e sorte também, na hora de fazer os gols", reforçou o volante João Paulo.

A pressão da torcida por causa da campanha ruim (o melhor momento em casa foram nas vitórias contra o Vasco, na estreia, e nas goleadas sobre o Bragantino e o Vila Nova) é um agravante. "Alguns sentem mais que os outros. Mas vamos conversar na concentração, trazer a torcida para o nosso lado e fazê-la um fator primordial para conseguirmos as vitórias", reiterou o za­­gueiro Luís Henrique, que, depois de cinco meses afastado por causa de uma lesão no joelho esquerdo, voltará a atuar em casa.

Goleiro paranista espera ajudar o time no ataque

O trabalho dele é defender, não deixar que os adversários balancem a rede do Tricolor. Mas como a fase do atacantes paranistas não é das melhores, o goleiro Zé Carlos também está disposto a ajudar de outra maneira. Em cobranças de falta, especialmente próximas da área adversária, o jogador que dar sua contribuição para o ataque paranista, o sexto pior ataque da Série B, com apenas 34 gols marcados em 27 partidas.

"Prefiro as mais próximas da área, perto da meia-lua. Tanto faz o lado, direito ou esquerdo. Estou pronto para bater", garantiu o arqueiro catarinense.

Por enquanto, em seis jogos como titular, o goleiro só teve uma chance para balançar a rede. E foi um dos poucos momentos que agradaram a torcida na derrota por 4 a 0 (a pior do time como mandante nesta temporada) diante do Figuei­rense, na Vila Capanema.

A precisão nas bolas paradas já rendeu frutos ao jogador. Revelado nas categorias de base do Criciúma, Zé Carlos já deixou sua marca quando atuava pelo Tigre. "Venho batendo faltas desde a base. No profissional, fiz dois gols de falta e um de pênalti pelo Criciúma", lembrou. "Eu sempre tive um aproveitamento muito bom, principalmente no Criciúma. Espero que trabalhando muito eu possa fazer gols e ajudar o Paraná".

Ao vivo

Paraná x Portuguesa, às 21 horas, no PFC e no tempo real da Gazeta do Povo (www.gazetadopovo.com.br/esportes).

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Veja a ficha técnica do jogo Paraná X Portuguesa

Em Curitiba

Paraná

Zé Carlos;Montoya, Élton e Luís Henrique; Murilo, Adoniran (Elvis), João Paulo, Luiz Camargo, Davi e Márcio Goiano; Adriano.

Técnico: Roberto Cavalo

Portuguesa

Muriel; Bruno Rodrigo, Preto Costa e Domingos; Simão, Acleisson, Marco Antonio, Preto e Marco Aurélio; Kempes e Zé Carlos.

Técnico: Vágner Benazzi.

Estádio: Vila Capanema. Horário: 21 h. Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF). Auxs.: Fabio Gonçalves Araújo (DF) e Carlos Monzolillo Sautchuk (DF).