| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

O triunfo de Maurício Shogun (foto), no UFC Rio, foi muito além da revanche e do nocaute sobre o americano Forrest Griffin. Uma semana depois, o curitibano ainda desfruta do seu recomeço, após um momento apagado no Ultimate Fighting Champion­­ship, o maior evento de lutas marciais mistas.

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Shogun foi campeão dos meio-pesados por apenas uma luta. O brasileiro tomou o título das mãos do compatriota Lyoto Machida, em maio de 2010, mas o perdeu logo na sequência para Jon Jones. Agora, entusiasmado pelo apoio da torcida, que o reverenciou com o coro de "Oh, o campeão voltou", ele reforça o desejo de recuperar o cinturão. Nesta entrevista exclusiva, ele fala dos seus planos, dentro e fora do octógono.

A vitória no UFC Rio marca um recomeço na sua carreira?

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Com certeza para mim marca, sim. Foi importante, eu estava vindo de derrota e tendo a revanche com o Forrest [Griffin], um cara de quem havia perdido quatro anos atrás. Então foi um ressurgimento. Essa vitória me deu muita motivação.

Foi diferente lutar no Brasil?

O carinho dos fãs ajuda muito. Você lutando e a torcida do seu lado, você cresce na luta. Fiquei muito feliz. Foi muito bom sentir o apoio dos fãs.

Você pretende explorar seu lado mais midiático a partir de agora?

Isso é algo que não me preocupo muito, deixo para meu empresário. Prefiro treinar, mas agora vou ficar mais tempo em São Paulo e no Rio, fazer um trabalho de mídia legal para engrandecer esse esporte e melhorar minha imagem. Com certeza meu foco é a luta, mas agora que estou de folga dá para fazer um trabalho na mídia .

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Existe chance de você fechar contrato com o Coritiba?

Vontade eu tenho, é meu time de coração. Só que acho difícil porque tenho bons patrocinadores, que me dão um bom dinheiro. Então teria de ser uma proposta profissional. Se não for algo muito bom, prefiro não misturar essas coisas de time e MMA.

Analisaria proposta de outros clubes? Do Atlético?

Na verdade, dependendo do clube eu iria estudar com calma e analisar o benefício. O Atlético acho difícil, acho que nem eles têm interesse porque sabem do meu carinho e que sou coxa-branca.

Por que vimos um Shogun totalmente diferente do duelo contra o Jon Jones no UFC Rio? O que mudou na sua preparação?

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O problema é que o MMA é um esporte individual, não é como o futebol onde tem onze e se você não está em forma há mais dez contigo no campo. Contra o Jon Jones eu vim de um longo tempo parado, de uma cirurgia, de cinco meses de muleta. É complicado pegar o ritmo de novo. In­­felizmente, não estava na minha melhor forma. Tudo isso pesa. Agora eu estava preparado.

Qual seu próximo passo?

Quero lutar ainda nesse ano e meu próximo passo é vencer meu próximo adversário, que não está definido ainda. No mês que vem deve sair alguma coisa.

Voltará a ser campeão do UFC?

Esse é meu grande sonho, meu grande desejo. Vou trabalhar, treinar para isso. Espero que sim.

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