Almanaque

* O Paranavaí reforçou sua condição de terror dos grandes no Estadual-07. Agora o Vermelhinho tem cinco vitórias (duas sobre o Atlético, duas contra o Paraná e uma perante o Coritiba) e três empates (dois com o Coxa, um com o Atlético) nos duelos com a capital.

* O ACP está a um empate de quebrar dois tabus: há 15 anos o interior não vence o Estadual (o Iraty ganhou em 2002 sem a presença dos grandes) e há 30 um time "caipira" não dá a volta olímpica contra um time da capital.

CARREGANDO :)

Craque

Tiago. Habilidoso, o atacante infernizou a lenta zaga paranista. Só não foi recompensado pelo gol.

Bonde

Zetti. Caiu na armadilha de Amauri Knevitz. Não conseguiu fazer o Paraná jogar.

Guerreiro

Márcio. Incansável, o experiente capitão do ACP anulou Dinélson e ainda teve tempo para dar uma de armador.

Paranavaí – Amauri Knevitz só não queria ser derrotado em casa. Conseguiu muito mais. A vitória por 1 a 0 no Estádio Waldemiro Wágner deu ao ACP a chance de jogar por um empate no próximo domingo, na Vila Capanema, para ser campeão paranaense pela primeira vez na história. Já o Paraná precisa de uma vantagem mínima de dois gols para conquistar o bicampeonato sem a necessidade de prorrogação ou pênaltis.

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"Não dá para errar de jeito nenhum contra time grande. Não podemos deixá-los jogar", disse o técnico, aliviado também por não ter perdido nenhum dos sete titulares pendurados com dois cartões amarelos para a partida da volta. Do outro lado, Daniel Marques, Beto e possivelmente Vinícius Pacheco devem participar da revanche.

Os erros que o Vermelhinho não cometeu sobraram no Tricolor. A repetição da estratégia que eliminou o Coritiba nas semifinais encurralou o Paraná. Vigiado de perto pelo volante Márcio, Dinélson não desequilibrou. E o que é pior: avesso à marcação, o camisa 10 não acompanhava o seu "carrapato" nas várias descidas do capitão do Paranavaí ao ataque. Isso, somado à timidez dos laterais Alex (depois Léo Mattos) e Egídio e do meia Gérson, parou o time de Zetti.

Invariavelmente, os lances ofensivos da equipe do interior começavam por Márcio, passavam pelos pés de Gilberto Flores e terminavam nas conclusões do habilidoso Tiago. Se não fosse a trave e o goleiro Flávio, Zetti teria ainda mais trabalho no vestiário durante o intervalo.

"Foram muitos erros de movimentação. O Dinélson e o Gérson estão distantes um do outro, por isso criamos pouco", analisou o paranista.

O que parecia fácil de ser concertado na teoria, esbarrou na prática. Foi só Zetti trocar o apagado atacante Josiel pelo meia Renan para o poder de criação do Tricolor chegar a zero. E como os deuses da bola não costumam perdoar, Tales, de falta, encerrou com qualquer esperança do apático Paraná deslanchar na partida.

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"1 a 0 só. Podemos e temos totais condições de reverter isso na nossa casa", avaliou Josiel. As palavras do camisa 9 servem de consolo para quem teve de sair de campo sob os gritos de "olé" e "é campeão" da torcida adversária, que eufórica com o seu time, debochava dos grandes. "Sabe o que significa ACP?", perguntavam os vermelhinhos. "Acabamos com o Atlético, com o Coritiba e com o Paraná."