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O goleiro Neto celebrou ontem a convocação inédita para a seleção e revelou profunda identificação com o Atlético: sonho alcançado | Hedeson Alves / Gazeta do Povo
O goleiro Neto celebrou ontem a convocação inédita para a seleção e revelou profunda identificação com o Atlético: sonho alcançado| Foto: Hedeson Alves / Gazeta do Povo

Atleticanas

Guerrón

O atacante equatoriano foi convocado para fazer dois amistosos pela seleção de seu país. Na disputa das Eliminatórias para a Copa da África do Sul, ele só não esteve nos jogos contra Uruguai e Chile. "Estou muito contente de voltar à seleção. É o melhor que pode acontecer na vida da gente", festejou.

Time

Hoje o técnico Paulo César Carpegiani definirá a equipe que enfrentará o Botafogo, domingo, no Engenhão. O veterano meia Paulo Baier deve ser novamente poupado, abrindo espaço para Guerrón. O meia paraguaio Ivan González está suspenso.

Convocação

Confira os jogadores que farão companhia ao atleticano Neto na seleção brasileira em outubro:

Goleiros

Victor (Grêmio), Jefferson (Botafogo) e Neto (Atlético)

Laterais

Daniel Alves (Barcelona), Mariano (Fluminense), André Santos (Fenerbahçe-TUR) e Adriano (Barcelona)

Zagueiros

Thiago Silva (Milan), Alex (Chelsea), David Luiz (Benfica) e Réver (Atlé­­tico-MG)

Meio-campistas

Lucas (Liverpool), Sandro (Tottenham), Ramires (Chelsea), Elias (Corinthians), Wesley (Werder Bremen-ALE), Carlos Eduardo (Rubin Kazan-RUS), Giuliano (Internacional) e Philippe Coutinho (Inter de Milão)

Atacantes

Robinho (Milan), Alexandre Pato (Milan), Nilmar (Villarreal) e André (Dínamo de Kiev-UCR)

Veja também

Depois de quase 70 anos, os torcedores atleticanos puderam novamente comemorar o fato de ter um goleiro na seleção brasileira. Mi­­neiro de Araxá, Norberto Mu­­rara Neto, ou simplesmente Neto, co­­mo é chamado o arqueiro de 21 anos, foi convocado pelo técnico Mano Menezes para defender o Brasil em dois amistosos que de­­vem ocorrer entre os dias 6 e 13 de outubro. É a primeira convocação de uma das apostas do treinador visando especialmente à Olim­­píada de 2012.

O último goleiro atleticano a ser convocado foi o lendário Al­­fredo Gottardi, o Caju, que de­­fen­­deu o Brasil no Sul-Americano de 1942, em Montevidéu. Primeiro jogador do Rubro-Negro a representar o país, Caju até hoje é um dos maiores ídolos do Atlético, tendo inclusive o seu nome no centro de treinamentos do clube.

Há seis anos no Furacão, Neto garante que lembrou do histórico camisa 1. "Até por eu estar há muito tempo aqui, fui conhecendo um pouco da história e aprendendo. A partir do momento que eu fiquei sabendo da convocação, já comecei a me lembrar qual foi o último go­leiro do Atlético a ir para a seleção. É importante. Eu criei uma identidade muito forte com essa equipe, que representa muito para mim hoje em dia", afirmou.

O último jogador do Rubro-Ne­­gro a ser convocado foi Fer­­nan­­di­­nho, em 2005, porém o meia acabou cortado após se lesionar. Antes dele, em 2003, Ilan, Kléberson e Adriano Gabiru estiveram na fracassada Copa das Confederações daquele ano. Agora, em 2010, Ne­­to foi convocado após ser o único atleta a ser titular nas 19 partidas sob o comando do técnico Paulo César Carpegiani.

O arqueiro confessou que on­­tem foi um dia único. "Todo mundo na infância sonha em cantar o hi­­no nacional, com a camisa do Brasil, com a mão no peito, olhando aquela bandeira. Passa um filme desde o momento que você sai de casa, que você deixa seu pai e sua mãe e vai em busca de um so­­nho que muitas pessoas não conseguem alcançar", lembrou Neto, que teve no pai, ex-goleiro, o maior incentivador.

Quem também foi muito lembrado pelo goleiro foram os seus companheiros de clube, que fizeram com que o atual sexto lugar do Brasileiro abrisse as portas da seleção. O ca­­minho inverso do arqueiro Re­­nan, do Avaí, que foi convocado por Ma­­no Menezes quando o seu time estava bem no Nacional.

Aproveitando o momento, Ne­­to espera que seja só o co­­me­­ço do sonho e lembra como che­­­gou ao Furacão. "Teve uma pe­­neira do Atlé­­tico na minha cidade, mas te­­ria de assinar procuração com um empresário e meu pai não queria. Acabei indo para o Cru­­zei­­ro em 2003, mas era muito longe. Eu sofri muito longe da fa­­mí­­lia. Nisso o meu pai entrou em contato com o Atlético, para saber se tinha como eu fazer um teste. Fiz, passei e estou aqui até hoje", afirmou, orgulhoso por ter superado o início difícil.

"Quando eu cheguei no Atlé­­ti­­co eu tinha uma estatura muito baixa para goleiro: 1,65 m. Os meus companheiros de 13 anos eram do mesmo tamanho que eu tenho hoje em dia. É complicado. O cara se sente inferiorizado, mas tive muitas pessoas do meu lado."

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Interatividade

Neto já merecia uma convocação para a seleção brasileira? Algum outro jogador dos times do Paraná deveria receber uma chance na equipe de Mano Menezes?

Escreva para arquibancada@gazetadopovo.com.br

As cartas selecionadas serão publicadas na Gazeta Esportiva.

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