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Depois de decepcionar no Campeonato Paranaense, em que acabou como vice-campeão, o Atlético iniciou o Brasileirão com a expectativa de repetir a boa campanha realizada em 2010, quando terminou em quinto lugar.

No entanto, a estreia do time na competição mostrou que muitas dificuldades viriam pela frente. Sob o comando de Adilson Batista, e com quatro volantes e apenas um atacante, o Furacão foi presa fácil para o Atlético-MG na primeira rodada – 3 a 0, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

A esperança de recuperação na Arena da Baixada, no fim de semana seguinte, veio por água abaixo com um incrível gol contra de Rafael Santos diante do Grêmio. O zagueiro recuou uma bola errado para o goleiro Márcio e decretou a segunda derrota atleticana. O primeiro ponto do Rubro-Negro na competição veio apenas na 4ª rodada, no empate em 1 a 1 com o Flamengo, na Arena.

Um dia antes de perder fora de casa para o Figueirense, o clube anunciou a contratação mais cara de sua história: o uruguaio Santiago "El Morro" García. O atacante, comprado por US$ 4,3 milhões, veio como esperança para ajudar a acabar com a péssima fase do time.

No Brasileirão, o Atlético continuava penando e, na 6ª rodada, perdeu mais uma em casa, desta vez para o Bahia. Depois da partida, Adilson Batista pediu demissão do comando do time. Ele deixou a equipe com apenas um ponto, na última colocação ao lado do Avaí.

Quase dez dias depois, o Furacão anunciou Renato Gaúcho como o novo treinador. À distância, por telefone, ele deu instruções à comissão técnica na derrota para o Internacional. A estreia oficial dele foi em um frustrante empate em 0 a 0 com o Avaí, na Arena. Na rodada seguinte, outro revés: para o Vasco, em São Januário.

O martírio rubro-negro acabou apenas na 11ª rodada, quando o time venceu o Botafogo, na Arena, por 2 a 1, com dois gols de Morro García. O resultado, no entanto, mantinha o Atlético na última colocação no Brasileiro.

Após perder para o Ceará, em Fortaleza, o Atlético emendou uma de suas melhores sequências no campeonato. Foram sete jogos sem perder, com destaque para as vitórias em casa sobre o badalado Santos e sobre o Cruzeiro, além de uma vitória por 3 a 0 sobre o Atlético-GO, a primeira da equipe fora de casa.

Os resultados fizeram com que, ao fim da 17ª rodada, beneficiado pelos jogos a menos do Santos, o Furacão deixasse pela primeira vez a zona de rebaixamento. Esta seria a única vez que isso aconteceria até o fim do campeonato.

A primeira metade do Brasileiro se encerrou com um bom empate para o time, no Atletiba, no Couto Pereira. O time rubro-negro saiu atrás no marcador, no primeiro tempo, mas conseguiu o empate com o lateral Edílson, na etapa final.

O segundo turno começou de forma decepcionante. Contra um adversário direto na luta contra o rebaixamento, o Atlético-MG, o Furacão jogou mal e perdeu por 1 a 0, em casa.

Um dia depois da derrota, uma notícia que surpreendeu a torcida atleticana. Alegando razões particulares, Renato Gaúcho pediu demissão do clube. O ex-atacante, que ficou marcado por escalar o volante Fransérgio no ataque, deixou o Rubro-Negro na penúltima colocação.

A diretoria, desta vez, não demorou para indicar o substituto e, no mesmo dia, Antônio Lopes foi anunciado como o novo técnico da equipe. Ele foi o sexto treinador do Atlético na temporada.

A estreia do Delegado foi a pior possível. O time sofreu uma goleada por 4 a 0 para o Grêmio, em Porto Alegre. Depois disso veio um empate com o Palmeiras, em casa. O resultado foi comemorado, pois o Atlético atuou com um homem a menos durante todo o segundo tempo.

Nesta partida contra o time paulista, revoltado com a expulsão de Cleber Santana, o então diretor de futebol, Alfredo Ibiapina, invadiu o gramado logo após o fim do 1º tempo e ofendeu o árbitro da partida. Julgado, duas semanas depois, o dirigente acabou suspenso por 140 dias.

Sob o comando de Lopes, na 23ª rodada, o Atlético conseguiu uma surpreendente vitória sobre o favorito Flamengo, no Rio de Janeiro, no entanto, o time tropeçou em casa depois – dois empates – contra Figueirense e Fluminense.

Antes da partida contra o Internacional, na 27ª rodada, o presidente do Atlético, Marcos Malucelli, anunciou que ele passaria a responder pelo departamento de futebol do clube. Alfredo Ibiapina, suspenso pelo STJD, ficaria no clube apenas como conselheiro.

No fim de semana seguinte, o Furacão venceu os gaúchos e o contestado Nieto foi o grande herói atleticano. De cabeça, ele marcou os dois gols que garantiram importantes três pontos.

Fora de campo, no entanto, as coisas continuavam tumultadas. Em 10 de outubro, o Rubro-Negro anunciou a dispensa do meia Madson. O motivo foi a indisciplina do jogador.

Em outro resultado positivo em casa, 1 a 0 contra o Ceará, Paulo Baier balançou as redes e foi protagonista. A Arena voltou a ser uma arma do Atlético e uma outra vitória veio sobre o Atlético-GO. Novamente Nieto foi o salvador e marcou os dois gols na virada de 2 a 1 sobre os goianos.

Apesar dos bons resultados em casa com Antônio Lopes, as derrotas longe de Curitiba esfriavam os ânimos e complicavam ainda mais a situação do Furacão no Brasileiro. O time perdeu para o concorrente Avaí por 3 a 0; foi goleado pelo Santos por 4 a 1, com quatro gols de Neymar; ainda perdeu para Botafogo e Corinthians.

Na 35ª rodada, o Rubro-Negro bateu o São Paulo, em casa, por 1 a 0, e ganhou fôlego na luta contra a ZR, ficando a apenas um ponto do Cruzeiro, primeiro time fora da zona da degola. Daí para frente vieram três decisões: contra dois adversários diretos, Cruzeiro e América-MG, e o clássico Atletiba.

Diante do Cruzeiro, em Sete Lagoas, o Atlético foi superior ao time mineiro, saiu na frente no marcador, mas acabou cedendo o empate – 1 a 1 foi o resultado final. Já contra o América-MG, na penúltima rodada, o desempenho foi bem diferente...

Em uma atuação apática, o Atlético foi derrotado pelo já rebaixado Coelho por 2 a 1. O rebaixamento do Furacão era certo até os 40 minutos do segundo tempo, quando em outra partida da rodada, o Ceará empatou o jogo contra o Cruzeiro e deu uma sobrevida ao atleticanos.

Restou o Atletiba decisivo na última rodada. Além de vencer o rival, na Arena, o Atlético precisava torcer por um tropeço do Ceará e por uma derrota do Cruzeiro.

A vitória contra o rival veio - 1 a 0 com gol de Guerrón. No entanto, o Cruzeiro goleou o Atlético-MG por 6 a 1, decretando o rebaixamento do Atlético para a Série B. O time acabou o campeonato em 17º lugar, com apenas 41 pontos em 38 jogos.

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