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Alexandre Pato entrou no segundo tempo e marcou dois gols em apenas um minuto: um de pênalti e o outro em condição duvidosa dentro da área | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Alexandre Pato entrou no segundo tempo e marcou dois gols em apenas um minuto: um de pênalti e o outro em condição duvidosa dentro da área| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

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Peso faz Brasil descartar réplica da camisa de 58 antes da partida

Folhapress

Não é exagero dizer que, ontem, a camisa pesou para a seleção brasileira. A equipe deveria jogar o primeiro tempo com uma réplica do uniforme usado na final da Copa de 1958. A Nike, patrocinadora, fez propaganda da camisa e a CBF anunciou que o time a usaria. O prometido não se cumpriu. Os jogadores até entraram em campo usando o modelo antigo, de um tecido bem mais pesado. Mas antes de a bola rolar, trocaram pelo uniforme usual. "[A réplica] é um pouco pesada", justificou Neymar. "Era uma camisa pesada, incômoda, bonita para festa, mas não dava para jogar", disse Daniel Alves. A assessoria da CBF informou que a substituição ocorreu por que o modelo antigo não tem número na frente, o que dificultaria a transmissão pela tevê.

O técnico Mano Menezes espera que a vitória nesta quarta-feira (15) por 3 a 0 sobre a Suécia, em Estocolmo, alivie as críticas à seleção após a perda do ouro na final da Olimpíada de Londres contra o México.

Na despedida do Estádio Rasunda, que será derrubado para a construção de um edifício, e sob os olhares dos campeões mundiais de 1958 – Pelé, Pepe, Zito e Mazzola –, o Brasil não fez uma apresentação empolgante diante de uma seleção sueca inexpressiva. Mesmo assim, Mano espera que com o resultado a confiança da torcida volte à equipe nacional para os quatro amistosos nos próximos meses, contra África do Sul, China e dois com a Argentina.

"Quando jogamos fora, não temos apoio. Quando jogamos dentro, essa dose de compreensão [da torcida] ajuda muito. Jogamos contra a Holanda em Goiânia, estávamos empatando e a torcida gritou olé quando eles tocavam a bola. Isso é um absurdo", disse o treinador, referindo-se ao último amistoso jogado no Brasil, no dia 4 de junho – empate por 0 a 0.

O treinador, que teve a garantia do presidente da CBF, José Maria Marín, de que ficará no comando da seleção ao menos nesses quatro amistosos, também reclamou das críticas que os jogadores receberam por terem perdido o ouro em Londres. Para Mano, algumas opiniões chegaram a ser desrespeitosas. E para que isso não se repita, o treinador espera alcançar bons resultados. "Às vezes se forma uma opinião até desrespeitosa, porque uma coisa é a avaliação concisa, outra é a avaliação individual, quase uma tortura", reforçou.

Para Mano, se a seleção obtiver bons resultados, poderá ter um relacionamento tão bom com a imprensa e com a própria torcida quanto o time espanhol, atual campeão mundial e bicampeão europeu. "É preciso dar mérito à seleção", ressaltou.

O triunfo sobre a Suécia, de acordo com o treinador, serve ainda para dar confiança aos jogadores no momento em que o funil para a Copa 2014 vai estreitando. Mano explicou que não chegou a pedir para a equipe conseguir o resultado positivo como forma de apagar a imagem dos Jogos Olímpicos. Mas admitiu que a vitória pesa consideravelmente no futuro do grupo. "O que a seleção mostrou me deixa muito feliz. Serviu para dar mais tranquilidade aos jogadores", admitiu.

Meia Ramires, um dos quatro convocados ainda durante a Olimpíada para este amistoso, diz ter sentido uma diferença nos atletas ao fim do confronto de ontem. "Os jogadores vieram de uma derrota e claro que ficam abalados, ainda mais por ser um grupo novo. Essa vitória recuperou o ânimo de muitos que estavam abatidos", afirmou Ramires.

O jogo

O Brasil não teve dificuldade para vencer a Suécia por 3 a 0 no primeiro jogo após a derrota na Olimpíada. Pato, duas vezes (um deles de pênalti e o outro em posição duvidosa), e Leandro Damião marcaram os gols.

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