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O administrador Vítor Rosa, torcedor do Coritiba, diz ter exibido uma flâmula do Atlético para evitar que seu apartamento fosse atacado: oito vidros e um computador foram danificados | Albari Rosa/Gazeta do Povo
O administrador Vítor Rosa, torcedor do Coritiba, diz ter exibido uma flâmula do Atlético para evitar que seu apartamento fosse atacado: oito vidros e um computador foram danificados| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A movimentação de parte das torcidas de Coritiba e Atlético para o clássico de domingo foi sinônimo de violência, medo e prejuízo, especialmente nas imediações da Arena. Houve confrontos entre os rivais, entre torcedores e a polícia e com os próprios moradores.

O administrador Vítor Rosa, de 39 anos, teve oito vidros quebrados das janelas do seu apartamento, localizado na Avenida Getúlio Vargas. Ele registrou boletim de ocorrência sobre os danos ao patrimônio e também em um computador atingido pelas pedradas.

"Ainda não calculei todo o prejuízo. Posso dizer que foi um terror", contou à reportagem. Ele atribuiu o ataque à torcida atleticana, disse não ter feito nada para provocá-los e ainda mostrou uma flâmula do Furacão, que teria sido rasgada no ataque.

Segundo a vizinha Ana Paula Cangussu Lopes, 18 anos, entretanto, a torcida foi incitada. "Todo mundo na região sabe que não se pode falar nada quando o Atlético perde. Ele estava com a camisa do Coxa. Umas 300 pessoas pararam aqui na frente, subiram na grade e assustaram todo mundo", afirmou. Sobrou ainda para a vizinha de baixo, também com um vidro quebrado.

O segurança de uma loja de móveis vizinha ao estádio se assustou a ponto de pedir um reforço de mais quatro profissionais no domingo. "Foi terrível. Primeiro desceram centenas de torcedores do Coritiba pela Coronel Dulcídio e a polícia controlou o tumulto. No final, eles voltaram a intervir porque quase cem atleticanos subiram correndo atrás de um pequeno grupo de coxas-brancas. Seria um massacre", contou Wilson Teixeira, 28 anos.

O funcionário de uma panificadora na Brasílio Itiberê teve vidros dos carros quebrados a pedradas em confronto entre atleticanos e policiais. Por medo de invasão, as portas do estabelecimento foram fechada para proteger os clientes, entre eles algumas crianças.

Segundo uma funcionária, a cena reprisou uma confusão ocorrida na quarta-feira passada, quando o Atlético enfrentou o ABC, pela Copa do Brasil. O temor permanece para o jogo de amanhã, contra o Corinthians.

De acordo com a Urbs, 12 ônibus foram danificados no domingo. O valor dos danos será divulgado nesta semana. Ninguém está preso pelos incidentes. (ALM)

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