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Há um mês do seu próximo desafio do Japão, o paranaense Wanderlei Silva se cerca de expoentes de várias modalidades de luta para conseguir mais uma vitória no Pride, o principal torneio de vale-tudo do mundo. No intercâmbio vale tudo mesmo: tem o treinador do Popó – o principal boxeador do país na atualidade –, técnico de seleção brasileira, um destaque da luta olímpica e o grande ídolo japonês, Kazushi Sakuraba, em uma visita inédita a Curitiba.

A dedicação intensiva em técnicas específicas é uma lapidação para o encontro com o brasileiro Ricardo Arona, dia 28 de agosto, na arena de Saitama. Como Arona é especialista em jiu-jítsu, Wanderlei quer evitar o combate no solo. Se puder ganhar a luta em pé, como ele gosta, melhor. O combate valerá pela semifinal do Pride, que no outro confronto terá o também curitibano Maurício Shogun contra o holandês Alistair Overeem.

O convidado mais esperado para um treinamento de luxo em Curitiba é Kazushi Sakuraba, adorado pelos fãs nipônicos independentemente da atual jejum de vitórias (no último Pride perdeu para Ricardo Arona). O lutador japonês, que coleciona derrotas diante de Wanderlei Silva, vinha adiando sua visita ao país desde o início do ano, mas confirmou sua chegada para os próximos dias.

"O Brasil é muito forte internacionalmente e ele quer conhecer o nosso trabalho. O Sakuraba é um atleta consagrado, nem as últimas derrotas comprometem o apelo que ele tem nos ringues", afirmou Rudmar Fedrigo, professor e sócio da Academia Chute Boxe.

Permuta

A primeira parte desta troca de técnicas começou esta semana, ao lado do atleta Pedro Rizzo e do técnico da Confederação Brasileira de Lutas Associadas, Beto Leitão. Rizzo ganhou destaque no cenário mundial distribuindo nocautes em suas lutas no Ultimate Fighting.

Já Leitão é um dos mais conceituados treinadores de luta olímpica – modalidade muito parecida com a greco-romana (a diferença é que na greco não se pode usar os pés nem para atacar e defender) e que faz parte do programa olímpico.

Ele esteve em Atenas-2004 para comandar Antoine Joude, único representante brasileiro da modalidade, e agora divide suas experiências com Wanderlei e outros atletas de Curitiba. "Eles precisam de treino de luta olímpica e o Pedro precisa de sparring", disse Leitão.

"No vale-tudo você precisa dominar todas as modalidades de luta. Esse trabalho ajuda a aprender novas técnicas e aprimorar nosso conhecimento. Tem sido muito bacana e para a próxima luta é interessante, porque aprendo novas alternativas para evitar a queda e a luta do chão", avalia Wanderlei.

Na próxima semana, o esperado é o paraense Ulisses Pereira, treinador de Acelino Popó Freitas, ex-campeão mundial de boxe. Eles se conheceram durante a última luta do baiano, em São Paulo, e alinhavaram a parceria. Será outro reforço na tentativa de Wanderlei liquidar com umas das revelações do vale-tudo nacional. "Estou muito concentrado e sei que posso nocautear o Arona, e toda essa preparação vai me ajudar nisso."

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