As maiores ameaças são a exposição das crianças ao conteúdo pornográfico online, bem como iniciativas governamentais que tiram o poder parental.| Foto: Pixabay

A infância costumava ser uma época de inocência. Mas, à medida que nossa cultura se torna mais e mais sexualizada, as crianças viraram vítimas da exploração por parte dos adultos.

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O New York Times disse que mais de 45 milhões e fotos e vídeos de crianças sendo sexualmente abusadas foram relatadas às autoridades pelas empresas de tecnologia, mais do que o dobro do encontrado no ano anterior.

Na cultura, educação e saúde, as crianças norte-americanas também são cada vez mais alvo de mensagens e imagens sexuais. Às vezes isso, essas iniciativas contam até com o apoio do dinheiro do contribuinte, graças a iniciativas lideradas pelo governo.

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Nossa cultura está cheia de conteúdos sexuais que antes eram considerados ousados demais para nossas crianças, e as redes sociais aceleraram a disseminação da pornografia entre espectadores jovens.

A Academia Norte-americana de Pediatria diz que, nos Estados Unidos, 42% das crianças entre 10 e 17 já viram pornografia online.

As redes sociais também viraram um grande território de caça para os traficantes sexuais. Em março de 2019, o Instagram foi considerado a principal plataforma para a corrupção de menores por parte de predadores sexuais.

Uma pesquisa recente com 2000 adolescentes descobriu que quase 75% receberam mensagens pornográficas diretas de estranhos, por mais que tivessem contas privadas. E 55% das vítimas do tráfico sexual em 2015 conheceram o perpetrador por meio de um site, aplicativo ou mensagens de texto.

A sexualização das crianças está ocorrendo em espaços físicos também, como no caso da “contação de história das drag queens”. Nesses eventos, que se espalharam por todo o país, adultos vestidos de mulheres interagem com crianças em bibliotecas públicas pagas pelos contribuintes.

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Na educação, as Nações Unidas promovem a Educação Sexual Ampla no mundo todo. Nos Estados Unidos, grupos como a Planned Parenthood, Campanha pelos Direitos Humanos e Rede de Educação Gay, Lésbica e Heterossexual promovem a educação sexual “ampla” que inclui o ensino de práticas homossexuais, a teoria transgênero e o aborto.

O Colorado exige que tal currículo seja lecionado aos alunos do ensino fundamental e recentemente tem cogitado tirar dos pais o poder de não incluir seus filhos nessas aulas.

O currículo de orientação sexual e identidade de gênero não se limita à educação sexual. Os estados da Califórnia, Nova Jersey e Illinois aprovaram leis exigindo que escolas falem sobre a “contribuição política, social e econômica (...) de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros”. Essas aulas geralmente usam afirmações duvidosas sobre a orientação sexual ou identidade de gênero de personagens históricos, afirmações essas que são irrelevantes para os feitos deles.

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos recentemente promoveu a Lei da Igualdade, que vai mudar o Artigo IV da Lei de Direitos Civis para incluir a orientação sexual e a identidade de gênero como características protegidas. Esse currículo pode se tornar uma exigência se a Lei da Igualdade virar mesmo uma lei.

O Departamento de Educação, durante a administração Barack Obama, fez pressão para que escolas implementassem políticas voltadas para transgêneros, que põem em risco a privacidade e segurança das crianças. Na Geórgia, a filha de 5 anos de Pascha Thomas foi sexualmente atacada no banheiro de uma escola de ensino fundamental que adotou uma política de acesso aos banheiros baseada na identidade de gênero, sem notificar os pais.

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Esforços para expor crianças a conteúdos inapropriados para a idade delas e para tirar o poder de decisão dos pais prejudicam o direito constitucional dos pais ao controle da educação dos filhos sobre temas sensíveis, como a sexualidade humana. As escolas públicas não deveriam se transformar num lugar onde as crianças são expostas à ideologia sexual radical.

Por fim, a predominância da ideologia transgênero na cultura e educação diminuiu as opções de tratamento para crianças com disforia de gênero.

Os ativistas fazem pressão sobre médicos e pais para que eles aceitem “tratamentos médicos de afirmação do gênero” para crianças que, de outra forma, aprenderiam a aceitar seus corpos. Tais tratamentos geralmente começam com bloqueadores de puberdade, aos oito anos, hormônios aos 14 e cirurgia para meninos de até 17 anos. Num caso, uma menina de 13 anos passou por uma mastectomia dupla.

O efeito nocivo dos hormônios, como depressão, perda de densidade óssea e esterilidade, são conhecidos. Ainda assim, 15 estados norte-americanos proibiram o tratamento psicológico para crianças com disforia de gênero, tratamento esse que as ajudaria a aceitarem seu sexo biológico.

A Lei da Igualdade, se aprovada, sujeitaria os médicos a processos por discriminação se eles se recusassem a realizar procedimentos de “mudança de sexo” em crianças, independentemente da objeção consciente ou da análise médica.

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A administração Trump reverteu políticas implementadas durante a administração Obama que criavam os mesmos problemas, mas os pais continuam vendo o sistema médico e jurídico trabalharem contra eles. Em Ohio, um casal perdeu a custódia da filha porque se recusou a permitir que ela tomasse testosterona.

O combate à sexualização precoce das crianças requer tanto atenção dos legisladores quanto a coragem dos pais.

Andrea Jones é membro do Programa de Jovens Líderes da Heritage Foundation. Emilie Kao é diretora do Richard and Helen DeVos Center for Religion & Civil Society da The Heritage Foundation.

© 2019 Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês

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