“Se Deus não existe, tudo é permitido?”. Há pouco mais de 200 anos, completos no último mês de novembro, nascia o escritor que deu vida ao questionamento que ecoa pela história da humanidade. Sem nunca ter pisado em uma faculdade de psicologia, Fiódor Dostoiévski é considerado não apenas um dos maiores romancistas de todos os tempos, mas um dos escritores que melhor entendeu a natureza humana.
Nascido na Rússia czarista, o autor de “Crime e Castigo”, “Os Irmãos Karamázov” e “Memórias do Subsolo” meditou sobre o progresso, sobre a ciência, sobre a fé e sobre fim. E há quem diga que muitos dos seus escritos são verdadeiras profecias dos séculos que estariam por vir. Será que isso é verdade? Para começar a conversar sobre Dostoievski, convidamos Bruno Gripp, professor de grego antigo da Universidade Federal Fluminense (UFF), e Rafael Ruiz, professor de história da América da Universidade Federal de São Paulo.
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