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Sem pressa. Esse é o conselho que empresários do ramo imobiliário, comerciantes e prefeitura dão na hora de uma pessoa comprar um ponto comercial. O investimento é grande e, por isso, exige muita análise antes de bater o martelo. Quem conhece esse setor diz que deve ser feita uma avaliação rigorosa do perfil do empreendedor, do ponto e da localização.

Para César Luiz Gonçalves, vice-presidente da Associação Comercial do Paraná e da Junta Comercial, a própria pessoa deve ter consciência se tem capacidade para trabalhar com determinado comércio. Segundo ele, o empreendedor não pode ficar deslumbrado com uma nova perspectiva, ele precisa fazer contas e verificar se o ponto é viável.

O valor do ponto depende do faturamento mensal e varia de acordo com o ramo de atividade. Mas César dá uma dica: no ramo alimentício, o retorno do valor investido vem em um prazo médio de um ano.

Marcos Machado, vice-presidente de Comercialização Imobiliária do Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias (Secovi-PR), coloca outros fatores que devem ser analisados: freqüência de pessoas, número de compradores, tradição da rua ou região, segurança e estacionamento.

Estas fizeram parte da avaliação que Sérgio Cordeiro Pinto fez sem tirar os olhos do caixa da lanchonete que queria comprar. Antes de fechar o negócio, ele conta que ficou duas semanas fazendo muitas análises, inclusive do movimento. Bancário durante 25 anos, ele colocou tudo na ponta do lápis para verificar a viabilidade financeira. "Achei bom e comprei." Ele investiu R$ 36 mil na lanchonete, no centro de Curitiba. "E um ano espero tirar o que investi", diz Sérgio.

Localização

Já a influência da localização pode surpreender os menos avisados. Um ponto na Avenida Isaac Ferreira da Cruz pode valer mais do que um na Rua XV de Novembro, em pleno centro de Curitiba. "No calçadão passa muita gente, mas na Isaac, as pessoas vão lá para comprar", afirma Marcos Machado.

E a valorização leva em conta até de cada lado da rua está o comércio. "O lado direito da avenida que chega ao bairro custa mais", garante Machado, ressaltando que isso não vale para ruas com mão única.

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