![Os cinco “ralos” dos gastos com condomínio Gastos com pessoal, água e energia costumam pesar na conta do condomínio. | /](https://media.gazetadopovo.com.br/2015/10/9bc3a45082d62532d90bfb508e6bc779-gpLarge.jpg)
As taxas de condomínio costumam ser fontes de questionamentos e conflitos entre os moradores e ganham ainda mais peso nestes tempos de crise, nos quais as famílias têm feito malabarismos para manter os gastos dentro do orçamento. Claiton Borcath, sócio-gerente da BR Condos, em Curitiba, explica que o condomínio é uma despesa importante no custo das famílias e que o valor da taxa varia de acordo com o padrão do empreendimento e suas opções de áreas comuns, o que pode fazer com que a taxa chegue, em alguns casos, aos R$ 5 mil mensais.
Para tentar baratear este custo, é fundamental que síndicos e condôminos identifiquem os principais “ralos” dos gastos e busquem alternativas para reduzi-los. Entram nesta lista desde ações já previstas no orçamento – como a realização de revisões elétricas e hidráulicas periódicas nos apartamentos –, assim como a reorganização da escala dos funcionários e a conscientização sobre o consumo de água e energia, como lembra Hercules Pires Figueiró, gerente comercial da F&F Administradora.
Alternativas de geração de renda, como a locação da cobertura para a instalação de antenas de telefonia, e iniciativas voluntárias dos moradores relacionadas, por exemplo, à manutenção dos jardins – em substituição à contratação de uma empresa de jardinagem – também podem ajudar o condomínio a economizar. “Devido a correria do dia a dia é difícil se encontrar pessoas dispostas [a realizar este tipo de tarefa]. Mas, quando elas aparecem, são sempre bem-vindas”, conta Borcath.
Conheça os principais “ralos” dos gastos com o condomínio e confira dicas de como reduzi-los.
PESSOAL
De acordo com Figueiró, os gastos com funcionários podem corresponder a cerca de 80% das despesas dos condomínios, sendo a portaria o setor que mais pesa nesta conta. Para economizar, a dica é organizar a escala de todos os funcionários de forma a que se evite o pagamento de horas extras. Reduzir os dias de trabalho de zeladores e pessoal da limpeza (quando possível) e os horários da portaria são outras alternativas. “Os condomínios ainda podem adotar por período integral ou parcial o sistema de portaria virtual, no qual o profissional controla a portaria remotamente, de uma central, ao mesmo tempo em que pode acompanhar as câmeras de monitoramento. Isso reduz cerca de 50% do custo da portaria”, conta Borcath.
Água
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Manutenção e consertos
O velho ditado que diz que prevenir é melhor do que remediar se enquadra perfeitamente nas questões relacionadas aos gastos dos condomínios. Isso porque, mesmo gerando algum custo, as manutenções periódicas – de hidráulica, elétrica, sistema de segurança e monitoramento – saem bem mais em conta do que a realização de obras emergenciais ou a substituição completa de equipamentos, além de já estarem previstas no orçamento do condomínio. “Nas manutenções periódicas o síndico tem tempo de pesquisar, cotar e negociar com diferentes empresas [para buscar o melhor orçamento]. O que não acontece nas obras emergenciais, que precisam ser resolvidas no momento em que ocorrem”, explica Borcath.
Energia
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Despesas extraordinárias
Outro item que pode pesar na conta do condomínio são os gastos com benfeitorias – reformas, ampliações e construções – e aquisição de novos equipamentos – como mobiliário para o salão de festas – para o empreendimento. Neste sentido, a melhor forma de se economizar é avaliar, em assembleia, se este investimento é indispensável ou se pode ser adiado para um momento em que as contas do condomínio ou a disponibilidade financeira dos moradores estejam melhores. “Por isso é importante que os condôminos participem das reuniões. Dessa forma, a despesa sempre vai se enquadrar dentro do máximo que a maior parte dos moradores pode pagar”, avalia Figueiró.
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