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Diego Campestrini, proprietário da Bupper Gestão de Negócios:  empresário trocou sala comercial pela combinação de coworking e self storage. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Diego Campestrini, proprietário da Bupper Gestão de Negócios: empresário trocou sala comercial pela combinação de coworking e self storage.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Redução dos custos, troca de experiências e expansão do networking. Tais objetivos, comuns aos profissionais que optam pelos espaços de coworking para desenvolver suas atividades, tem movimentado, também, o mercado de self storages em Curitiba.

Funcionando como uma extensão dos escritórios compartilhados, as empresas que oferecem o serviço de armazenamento têm visto crescer o número de clientes que encontram na locação dos boxes uma solução para a falta de espaço para guardar de estoque a documentos.

VEJA MAPA: os principais self storages de Curitiba

Para Paola Noguchi, diretora-geral da DCL Real Estate, empresa proprietária da D-Espaço, tal crescimento reflete uma mudança de paradigma em relação ao tradicional modelo de negócio, no qual as empresas precisavam ter escritórios e/ou lojas “físicas” para oferecerem seus produtos e serviços. Neste sentido, os coworkings oferecem a infraestrutura administrativa, enquanto os self storages a base logística para o funcionamento dos negócios.

Na D-Espaço, por volta de 10% dos “inquilinos” atuais vêm dos coworkings. Um deles é o empresário Diego Campestrini, proprietário da Bupper Gestão de Negócios. Há cerca de um ano ele decidiu deixar a sala comercial que ocupava e transferir o endereço da empresa para um coworking. Para tanto, precisou locar um box de 10 m³ para guardar os móveis da antiga sala e os materiais de trabalho, que vão de um estúdio de fotografia a objetos de decoração.

Vantagens

A redução dos custos para manter a empresa funcionando é um dos principais atrativos do “combo” formado pelas locações do coworking e do self storage. A diretora-geral da DCL Real Estate estima que com um valor fixo mensal de menos de R$ 1 mil é possível pagar o aluguel dos dois espaços. “Este valor também proporciona a quem trabalha em casa sair da informalidade e ter um negócio profissional, um local para receber os clientes”, sugere.

Além do menor valor do aluguel dos espaços em relação à média cobrada por uma área comercial, o inquilino não precisa arcar com despesas como condomínio, IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), água e luz, o que reduz ainda mais os gastos, como acrescenta Paulo Antonio Munhoz Filho, proprietário da Park in Box.

Paola acrescenta ainda que o profissional pode ampliar ou reduzir a área locada de acordo com sua demanda ou sazonalidade do produto, o que também contribui para a redução dos custos.

Outra vantagem dos self storages para os empresários e profissionais liberais refere-se à desburocratização para o fechamento dos contratos, que dispensa a apresentação de um fiador. Os ambientes ainda costumam contar com segurança e monitoramento 24h, além de serviços de dedetização e limpeza.

Em Curitiba, as empresas que oferecem o serviço de armazenamento trabalham com boxes entre 1 m² e 300 m² e têm preços que vão de R$ 100 a R$ 1,6 mil por mês, em média, de acordo com o tamanho dos espaços.

Empresas de armazenamento investem em coworking para fidelizar clientes

De olho na demanda pelos escritórios compartilhados e pelos espaços de armazenamento, algumas empresas de self storage têm trazido os coworkings para dentro de suas instalações com o objetivo de oferecer uma solução unificada e fidelizar seus clientes.

Uma das empresas que apostou nessa estratégia é a Megaself. Há cinco meses, ela passou a oferecer estações de trabalho aproveitando a estrutura já existente no prédio. “Sentimos a necessidade do mercado, principalmente das pequenas [empresas], em operacionalizar o negócio nesta época de crise. Temos um cliente que utilizava o armazenamento e migrou o escritório para cá quando soube da oferta da sala”, conta o administrador da empresa, Albert de Oliveira.

Hoje, a empresa conta com 20 estações de trabalho e seis salas disponíveis para uso, além de uma sala de reunião, com valores a partir de R$ 350 por mês. A Megaself ainda tem um projeto de expansão, a ser concluído em dois ou três anos, que prevê a oferta de café, restaurante, academia e dois auditórios. “Como o piloto está dando certo, vamos ampliar as instalações transformando-as em um centro de negócios para os clientes”, projeta Oliveira.

Solução completa

Outra empresa que tem a oferta do coworking como projeto de expansão é a Park in Box. O proprietário Paulo Antonio Munhoz Filho conta que a instalação das estações de trabalho está em fase de estudo, mas deve acontecer ainda este ano ou em 2017.

“Percebemos que o público pode ser o mesmo. Assim como o self storage é tendência em relação a espaço, o coworking tem demanda relacionada ao compartilhamento dos ambientes”, resume Filho.

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