O sistema de transporte de Curitiba tem na Avenida Sete de Setembro um de seus eixos fundamentais. A via é importante nesse sentido desde o século 19 quando funcionava ali a Estação Ferroviária, onde hoje está instalado o Shopping Estação.
Na década de 1940 algumas avenidas centrais da cidade, como a Visconde de Guarapuava, Sete de Setembro, Silva Jardim e Getúlio Vargas, foram abertas possibilitando o início de uma ordenação urbana.
Entre os pontos fundamentais do Plano Diretor de 1966 estava o transporte coletivo, vias estruturais, prioritárias e conectoras foram incorporadas ao dia a dia dos curitibanos. Nas vias estruturais, entre elas a Avenida Sete de Setembro, foram criadas as canaletas centrais, construídas em 1973, para o tráfego exclusivo dos ônibus expressos.
"As obras favoreceram o crescimento econômico dessa região que sempre foi promissora. O trânsito aumentou, mas a rua ficou melhor", lembra o comerciante José Ulisses Correia, que tem uma loja na Avenida desde 1965.
"A Sete é uma via ampla e plana o que favorece a circulação dos ônibus. Além disso, liga o centro à área Leste da cidade, como os bairros Cajuru e Cristo Rei", analisa o arquiteto do Instituto de Pesquisa Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Luiz Hayakawa.
A configuração como via estrutural fez da Avenida um eixo de adensamento da cidade. "No momento em que você coloca o transporte coletivo visa a instalação de grandes empreendimentos, principalmente comerciais. Temos dois grandes shoppings ao longo da Sete de Setembro, além de uma série de outros comércios", ressalta Hayakawa.
Além dos planos do passado, a Avenida será importante para a implantação do metrô. De acordo com o projeto atual, a região da Praça Eufrásio Correia será uma tipo de estação central da linha. "Um eixo como o da Sete nunca será descartado em nenhum plano de transporte. Talvez seja a mais adequada das vias estruturais da cidade, por ser plana e com loteamentos regulares", diz o arquiteto.
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