Uma nova decisão de Donald Trump ameaça acabar com a festa de empresários que planejam lucrar com a maconha. A erva recém-legalizada para uso recreativo na Califórnia e já liberada em outros seis Estados americanos pode entrar na mira de juízes.
A administração do republicano informou que voltará a encorajar promotores federais a acusarem cidadãos de crimes relacionados à maconha em estados onde a comercialização do produto é legal.
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Esse é mais um capítulo da cruzada do presidente para desfazer o legado de seu antecessor, Barack Obama, que orientou os tribunais federais a não processarem Estados que legalizassem a maconha.
O anúncio de Trump coincide com os primeiros dias em que a droga pode ser usada para fins recreativos na Califórnia, o maior mercado mundial para a erva. Enquanto investidores se preparam para se adequar às regras, Washington ameaça processar.
Nos Estados Unidos, leis federais proíbem o uso, a venda e o cultivo da planta. Mas a situação ficou mais ambígua há cinco anos, quando os Estados de Colorado e Washington decidiram descriminalizar o consumo da droga.
Na tentativa de sanar o ruído entre tribunais regionais e a lei nacional, Obama orientou juízes a não perseguir crimes envolvendo compra, venda e uso da maconha a não ser em casos envolvendo o comércio para menores de idade ou suspeitas de atividade de gangues e outros crimes.
Os maiores prejudicados pela medida podem ser empresários que investiram na indústria bilionária da maconha, abrindo galpões para o plantio e montando fábricas de produtos derivados, como doces e bebidas que levam a substância em suas receitas.
No Colorado, a indústria movimenta US$ 1 bilhão por ano. A expectativa na Califórnia é que os negócios relacionados à maconha possam render até US$ 10 bilhões.
Em sua nova diretriz, Trump está em sintonia com a opinião de Jeff Sessions, seu secretário de Justiça. Desde que assumiu o cargo, Sessions deixa claro a sua oposição à legalização da droga.
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