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Nem tudo é Fake e nem tudo é News
| Foto: Mariane Maio Braga

O acesso à informação nunca foi tão abrangente quanto agora, na Era Digital, que ampliou o alcance dos jornais digitais do Brasil e do mundo, plataformas de vídeo, blogs, redes sociais. O fato é que somos constantemente bombardeados por conteúdo! Mas, será que tudo que recebemos pela internet como notícia é realmente notícia? E será que tudo é realmente falso?

Ouvimos falar muito sobre Fake News, as famosas “notícias falsas”, e o termo Desinformação também não é totalmente desconhecido. No entanto, ainda existem muitas dúvidas quanto ao assunto. Foi pensando nisso que a equipe de educação do Instituto GRPCOM promoveu um bate-papo ao vivo dedicado a esclarecer as diferenças entre os dois fenômenos.

A jornalista Mariane Maio e a pedagoga Patrícia Nalevaiko abriram a conversa falando sobre a Desinformação: o que é, quais são as características e quais os principais tipos de Desinformações propagadas pela internet. O primeiro tópico abordado foi a notícia fora de contexto, ou notícia antiga publicada como se fosse atual, que pode causar muita confusão. Não se trata de Fake News, mas se enquadra na Desinformação pois, apesar de ser uma notícia verdadeira, a divulgação descontextualiza a informação e, muitas vezes, prejudica a interpretação do receptor.

Logo na sequência, foi levantada uma questão interessante: “excesso de informação causa desinformação?” A resposta, ao contrário do que muitos podem acreditar, é: sim. Mariane, que é gestora do Projeto Ler e Pensar, falou um pouco sobre como a enxurrada de informações pode causar exaustão e prejudicar nossa capacidade de discernir entre notícias e desinformações. Neste caso, a sugestão da equipe de educação é fazer uma curadoria das informações recebidas e buscar notícias em fontes da sua confiança, especialmente na hora de compartilhar imagens, vídeos e links com a família, os colegas de trabalho e os amigos.

Patrícia, que além de educadora é gestora do RPC Game, também falou sobre a pós-verdade, um tema um pouco mais complexo, mas ilustrado de forma bastante didática na apresentação. Neste momento, elas explicaram brevemente a diferença entre fato e opinião, gêneros textuais (notícia X artigo de opinião, por exemplo) e citaram o uso incorreto do termo Fake News para desqualificar informações mais polêmicas. Ainda no âmbito da opinião, a equipe abordou também a questão do discurso de ódio.

Voltando às notícias, outro tópico foi o da má apuração e do erro jornalístico, situações que podem ocorrer e não devem ser considerados como notícia falsa, pois assim que percebidos, devem ser retratados pelos veículos. Também mencionados no bate-papo, os sites e páginas de conteúdo satírico e a nova tecnologia conhecida como “Deep Fake” podem ser agentes de desinformação e a dupla nos ofereceu algumas dicas de como identificá-los.

Por último, veio a descrição e os exemplos de Fake News. “Se é Fake, não pode ser News”, afirmou Mariane que, como jornalista, explicou que, apesar do uso do termo de língua inglesa significar “notícia falsa”, uma informação falsa não pode ser considerada notícia, já que faz parte da premissa do jornalismo checar toda e qualquer informação.

As chamadas Fake News são, portanto, conteúdos mentirosos, tentativas de golpe, imagens e áudios manipulados com a intenção de gerar conflito, promover algo ou alguém, difamar, propagar discurso de ódio, etc. Mesmo que a intenção seja “boa” em alguns casos, como o exemplo dado pela dupla da medida provisória que determinava a suspensão da aposentadoria dos idosos que saíssem às ruas, podem ter as mesmas consequências, como gerar a desinformação, criar pânico, etc.

Depois de falar um pouco sobre essas consequências, Mariane e Patrícia deram dicas de como enfrentar a Desinformação, como buscar fontes confiáveis, verificar notícias e manter uma etiqueta adequada nas redes sociais ao lidar com ela, oferecendo inclusive um pack de figurinhas divertidas para enviar nos grupos de whatsapp que ficam cheios de informações pouco confiáveis.

Quer saber quais foram essas dicas e descobrir como ter acesso às figurinhas? Clique aqui e assista ao webinário.

Webinários

A live foi a primeira de uma série lançada pelo Instituto GRPCOM para ajudar aos professores a usarem as ferramentas digitais para enfrentar a quarentena. Para se inscrever e receber todas as informações sobre as próximas, basta acessar esse site. Todo o conteúdo é gratuito e aberto aos interessados.

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