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A partir de 1978, o Partido Co­­munista adota um mecanismo de abertura econômica com o objetivo de acumular divisas e obter ciência e tecnologia por conta de investimentos estrangeiros – sempre de forma a absorver conhecimento

A China sempre foi grande. Antes da Guerra do Ópio, em 1820, representava 30% do PIB mundial. Desse período até a revolução de 1949 – e vitória de Mao Tse-tung –, sua riqueza cai para menos de 5% do total mundial. Em 1911, em janeiro – exatamente há cem anos – a China passa por um novo período de instabilidade, decorrente da proclamação da República e do fim de um império de 4 mil anos. O território chinês passa a ter várias de suas regiões comandadas por generais (senhores de guerra).

Quando tenta se organizar novamente, em 1924, com o Par­­tido Kuomintang – que é o Par­­tido Nacionalista atual – tem-se o início de uma nova guerra civil entre os Nacionalistas de Chiang Kai-shek (que herdou a liderança do partido após a morte de Sun Yat-sen) e os Co­­munistas de Mao Tse-tung. No meio da briga, mais exatamente em 1931, acontece também a invasão japonesa – que antes se concentrava na Manchúria –, chegando às áreas orientais e ao sul da China. A onda japonesa é então varrida em 1945 – graças à rendição incondicional do Japão aos aliados da Segunda Guerra Mundial – e só em 1949 chega ao fim a guerra civil entre Nacionalistas e Comunistas.

Os Comunistas venceram a ba­­talha e proclamaram a Re­­pú­­blica Popular da China, com Mao Tse-tung como líder supremo.

Uma grande mudança no processo evolutivo chinês dá-se em 1978. O governo do Partido Comunista adota um mecanismo de abertura econômica em que liberaliza o mercado e, simultaneamente, dirige não só os capitais privados na China, mas também os capitais estrangeiros, com o objetivo de acumular divisas e obter ciência e tecnologia por conta de investimentos estrangeiros – sempre de forma a absorver conhecimento.

Outro momento chave nesse retorno da China ao cenário internacional deu-se em 1997, com ao início do processo de privatização e reestruturação de empresas estatais. O processo era baseado na seguinte fórmula: reter as grandes e soltar as pequenas.

Desse modo, as pequenas e médias empresas estatais eram transferidas para os trabalhadores, para os governos locais ou eram vendidas – em alguns casos até fechadas. O interessante é que eles montaram assim um grupo de empresas estatais de ponta, com capacidade de produção em larga escala e com alta tecnologia.

São essas grandes empresas que vão liderar, nos anos seguintes, o processo de desenvolvimento econômico da China. Não à toa, a China tem hoje cerca de 130 megaempresas, holdings que têm entre 100 e 200 outras empresas sob sua tutela.

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