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As florestas com maior número de espécies ameaçadas são a Mata Atlântica (276), o Cerrado (131) e a Caatinga (46) | Arthur Conceição / Reuters
As florestas com maior número de espécies ameaçadas são a Mata Atlântica (276), o Cerrado (131) e a Caatinga (46)| Foto: Arthur Conceição / Reuters

O Ministério do Meio Ambiente publicou nesta quarta-feira (24) no Diário Oficial da União (DOU) a nova lista de espécies da flora brasileira que estão ameaçadas de extinção. Desde 1992 a lista não era atualizada pelo governo. Agora, 472 plantas correm risco de sumir das florestas brasileiras. No começo da década passada eram 108 espécies.

A lista foi elaborada pela Fundação Biodiversitas, a pedido do Ministério, e leva em conta todos os biomas brasileiros. As florestas com maior número de espécies ameaçadas são a Mata Atlântica (276), o Cerrado (131) e a Caatinga (46). A Amazônia aparece com 24 espécies, o Pampa com 17 e o Pantanal com duas. Nenhuma das espécies que constava da lista de 1992 foi excluída.

De acordo com a instrução normativa, publicada nesta quarta no DOU as espécies que integram a lista são consideradas prioritárias para efeito de concessão de apoio financeiro à conservação pelo governo federal e sua coleta será efetuada somente com autorização do órgão ambiental competente. O desflorestamento dessas plantas ou sua comercialização passam a ser crime contra o meio ambiente.

Constam da lista das ameaçadas 12 espécies de interesse da indústria madeireira. Elas já figuravam entre as plantas sob ameaça em 1992. A nova lista adiciona uma única espécie de interesse madeireiro, o "pau-roxo" (Peltogyne Maranhensis), da Amazônia.

Entre as outras espécies de uso econômico estão algumas de uso alimentício (caso do palmito juçara), medicinal (jaborandi), cosmético (pau-rosa) e também ornamental. O jaborandi e o pau-rosa também já constavam da lista de 1992.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o crescimento no número de espécies em relação à lista anterior reflete não apenas o aumento das atividades humanas sobre a vegetação nas últimas três décadas, mas também um melhor nível de conhecimento sobre a flora brasileira e a participação de uma parcela mais expressiva da comunidade científica no processo de elaboração da lista.

O Sudeste apresenta o maior número de espécies ameaçadas (348), seguido do Nordeste (168), do Sul (84), do Norte (46) e do Centro-Oeste (44). O estado com maior número de plantas próximas da extinção é Minas Gerais (126), seguido do Rio de Janeiro (107), da Bahia (93), do Espírito Santo (63) e de São Paulo (52).

A primeira lista das espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção foi editada em 1968, com a inclusão de 13 espécies. A segunda ocorreu em 1980, com a adição de uma espécie à lista anterior. Em 1992, foi publicada uma nova lista, desta vez com 108 espécies.

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