Uma nova noite de protestos terminou com três pessoas detidas em Ferguson, no Missouri (Estados Unidos), perante a iminente decisão de um júri sobre o caso do jovem negro Michael Brown, morto desarmado pelo policial branco Darren Wilson em agosto.

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Duas pessoas foram detidas durante uma operação encoberta de agentes do FBI quando tentavam comprar material explosivo para utilizar nas manifestações, informou neste sábado a emissora "CBS".

O FBI enviou 100 agentes para a região de Saint Louis, onde está Ferguson, que se somam aos homens já posicionados no terreno e a um segundo contingente pronto para deslocar-se à cidade caso seja necessário.

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Além disso, uma terceira pessoa foi detida quando participava de protestos na frente do quartel de polícia de Ferguson que mantinham o tráfego bloqueado na pequena cidade de 22 mil moradores.

Ontem à noite, o porta-voz do promotor do Condado Saint Louis, Bob McCulloch, declarou que o grande que avalia as provas sobre a morte de Brown, a fim de determinar se há causa provável para julgar o policial, ainda seguia deliberando.

A morte de Brown, de 18 anos, causou uma onda de indignação, protestos e distúrbios que se saldaram com dezenas de detidos, vários danos e o ressurgimento do debate racial na violência policial.

Precisamente ontem à noite, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu que não haja violência nos protestos convocados.

"Usar qualquer ocasião como uma desculpa para o uso da violência não é só contrário à lei, mas também ao que somos como país", disse Obama em uma entrevista à emissora "ABC'.

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Na segunda-feira passada, o governador do Missouri, Jay Nixon, declarou estado de emergência perante a possibilidade que a cidade volte a viver os fortes distúrbios suscitados em agosto pela morte de Brown.

Muitos ativistas temem que o júri descarte todas as acusações contra Wilson e não se convoque um julgamento.