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O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, disse nesta quarta-feira que a operação militar israelense realizada na terça-feira é um crime que não será perdoado. Israel invadiu uma prisão palestina em Jericó e capturou militantes presos no local.

- O que aconteceu é um crime feio que não pode ser perdoado, uma humilhação para o povo palestino e uma violação de todos os acordos. A detenção deles por Israel é ilegal - disse Abbas, durante uma visita à prisão destruída.

Nesta quarta-feira, palestinos entraram em greve na Faixa de Gaza e na Cisjordânia e prometeram realizar uma série de protestos contra a ação israelense.

Forças de segurança de Israel estão em alerta máximo depois de a Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), grupo do ativista Ahmed Saadat, prometer retaliação.

Forças israelenses capturaram Saadat depois de tanques invadirem a prisão de Jericó na terça-feira. Israel acusa Saadat de envolvimento no assassinato, em 2001, de um ministro israelense e disse que não teve outra opção após os EUA e a Grã-Bretanha retirarem monitores que supervisionavam a detenção do extremistas na prisão palestina.

Segundo a rádio pública israelense, Saadat se entregou de forma pacífica ao exército de Israel.

De acordo com Ministério da Defesa de Israel, o ataque foi ordenado pelo premier interino de Israel, Ehud Olmert, e é parte de uma operação antiterrorista. Pelo menos uma pessoa morreu durante a invasão duramente criticada pelo governo palestino.

- A ação israelense foi unilateral, sem aviso prévio e sem a tentativa de buscar uma solução comum - disse Abbas.

A invasão da prisão provocou a fúria palestina já na terça-feira. A polícia palestina e extremistas islâmicos trocaram tiros epla manhã do lado de fora do British Council na Faixa de Gaza. Depois do tiroteio, extremistas atearam fogo no prédio.

O grupo ultra-radical Brigadas de Mártires de Al-Aqsa, o braço militar do movimento Fatah, alertou que todos os americanos e britânicos devem deixar o território palestino sob risco de, em caso negativo, serem seqüestrados.

Os três últimos reféns estrangeiros seqüestrados durante a onda de violência na Faixa de Gaza foram libertados nesta quarta-feira, informaram ativistas palestinos.

Extremistas revoltados com o cerco à prisão palestina na Cisjordânia seqüestraram dois franceses e um sul-coreano na terça-feira. Os três, todos jornalistas, estavam entre os nove estrangeiros capturados em Gaza e na Cisjordânia. Os outros foram libertados pouco tempo depois dos seqüestros.

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