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O advogado de direitos humanos Hiram Villagra manifestou nesta segunda-feira dúvidas quanto a um enfarte sofrido pelo ex-ditador chileno Augusto Pinochet, que continua internado no Hospital Militar, em Providencia.

- Pinochet tem o costume de ficar doente cada vez que surgem decisões interessantes - disse Villagra, que está à frente do caso "Caravana da Morte" contra o general, que investiga a execução de presos políticos em várias cidades chilenas nos anos 70.

Na semana passada, Pinochet voltou à prisão domiciliar por causa do processo, e o "problema de saúde", defende o promotor, poderia ser um artifício para relaxar o que a Justiça determinou.

- Acreditamos que, por um princípio básico de igualdade diante da lei, a quantidade de crimes torna impensável outorgar a ele liberdade provisória - acrescentou o advogado.

A esposa de Pinochet, Lucía Hiriart, foi a última a deixar o hospital no domingo. Filhos e netos também estiveram no local.

Um pequeno grupo de seguidores passou a noite em vigília no lado de fora do hospital.

Os médicos descartaram no domingo uma operação coronariana, considerada de alto risco, devido à favorável reação de Pinochet a uma angioplastia para remover coágulos que dificultavam a circulação.

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